A educação gera cidadania garantindo conquistas e não retrocessos
Apesar do desrespeito aos direitos trabalhistas e os ataques à categoria; 15 de outubro ainda deve ser comemorado: Feliz dia dos professores!
Diante da conjuntura política, econômica e social que afeta o País e diretamente a educação; elencamos cinco motivos pelos quais apoiamos a carreira docente.
Professores? PRESENTE!
1 – A educação trabalha para o futuro, mas espelha o presente.
Muitos que hoje estudam serão professores amanhã. As conquistas trabalhistas e as melhorias na escola de hoje, mais do que surtir efeito na vida dos atuais professores e estudantes, ficarão como legado para as futuras gerações. Cada vitória ou derrota nas lutas sindicais determina o caminho a ser trilhado pela classe trabalhadora. No entanto, nossa categoria sofre com a precarização e diminuição dos postos de trabalho e, como consequência, a queda no poder aquisitivo e qualidade de vida. Apoiar ativamente a luta dos trabalhadores significa ampliar horizontes, disseminando bons exemplos que transformam comportamentos e dignificam a sociedade.
2- O professor desenvolve importante papel social.
Médicos, engenheiros, psicólogos não formam profissionais de outras categorias; no entanto os professores constituem cada trabalhador nas mais distintas profissões. Desde que a educação básica foi universalizada no Brasil, podemos constatar que a grande maioria das pessoas passa pela escola. Assim, os professores cumprem um papel de destaque na formação de cada cidadão desde a infância. Levando em consideração que passamos boa parte da vida na escola, essa contato diário e a relação próxima – professor/aluno – faz do docente uma referência marcante na formação do indivíduo e, por consequência no comportamento da sociedade.
3- A educação deve ser de qualidade e para todos.
Diante de uma sociedade competitiva e com desigualdade de oportunidades, a educação deve ser descentralizada, instituída e universalizada para que todos tenham acesso ao saber. Apesar de muitos governos trabalharem restringindo o ingresso ao conhecimento com incentivo à privatização e mercantilização do ensino, os professores têm protagonizado lutas exemplares em defesa da educação gratuita, laica e de qualidade. Portanto, somos convocados a disseminar e promover a igualdade de direitos ampliando os caminhos que permeiam as conquistas políticas, econômicas, sociais, culturais e de gênero.
4- Lutar por reajuste salarial é defender a educação e respeitar a categoria.
Cada luta por aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho asseguram que o professor relacione-se melhor com a educação e consequentemente com o aluno, já que a escola é um espaço de convivência e troca de conhecimentos. Sem formação continuada para atualizar-se, com baixos salários, superlotação de salas e degredação nas relações humanas e trabalhistas, o docente fica impossibilitado de desenvolver um trabalho digno no processo qualitativo de ensino.
5- Professores e estudantes caminham juntos na construção social
A reflexão, a troca de experiências e a produção de conteúdo geram reflexos sociais positivos. No entanto, quando políticos oportunistas e corruptos propõem projetos de lei , como o da Escola sem Partido, também conhecido como Lei da Mordaça, tornam a escola num espaço mecânico de reprodução limitada, gerando apenas mão de obra e não disseminando conhecimento. Dessa forma, não se respeita a liberdade de cátedra do professor e impede o pensamento crítico do aluno. A escola é um espaço onde o debate tem que ser ampliado e não limitado. Assuntos como diversidade étnica, religiosa, de gênero e sexualidade, além de questões políticas, econômicas e sociais permeiam a educação tornando-se berço da democracia com respeito à pluralidade de opiniões.
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará para o seu tamanho original”. – Albert Einstein
Ao debater a educação nas diversas instâncias sociais, percebe-se que a valorização do trabalho docente é fundamental para a qualidade do ensino no País. No entanto, os mantenedores do ensino privado, embalados pela nefasta “Reforma Trabalhista”, avançam contra as conquistas dos trabalhadores nos processos negociais.
Diante da atual crise política e econômica no País, nossa categoria exige que o próximo governo, bem como os parlamentares congressistas sejam comprometidos com a classe trabalhadora, respeitando a democracia, dialogando com os professores e construindo uma Base Nacional Curricular que de fato favoreça a profissionalização necessária ao desenvolvimento econômico, mas sem excluir o pensamento crítico, o pluralismo de ideias e os temas sociais, políticos e filosóficos necessários ao pleno exercício da cidadania.
“A educação é o alimento da confiança. A confiança é o alimento da esperança. A esperança é o alimento da paz”. – Confúcio