Discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte mostrou que a realidade da educação é a mesma em todo o país
Uma jovem professora do Rio Grande do Norte ficou conhecida nacionalmente, no mês passado, em decorrência do discurso firme realizado na Assembleia Legislativa local, no qual se mostrava cansada e indignada com as falsas promessas e descaso com a educação no estado.
Amanda Gurgel não falou por si ou por seus colegas próximos; falou por todo o país. “Apenas quem está em sala de aula e enfrenta a realidade de pegar três ônibus para ir ao trabalho, em condições precárias, tem propriedade para falar sobre o assunto. Fora isso, qualquer colocação ou consideração feita, servirá para mascarar a verdade de que, em nenhum governo, a educação é ou foi uma prioridade”. No Brasil, a opinião foi compartilhada por muitos professores, que procuram, sempre, deixar em pauta o tema “valorização da educação”.
Desde o início do ano, mais da metade dos estados brasileiros passaram (ou passam) por greves de docentes, sejam eles da rede pública ou privada, do sul, sudeste ou nordeste do país. Por melhores condições de trabalho, professores do Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Bahia, Pernambuco, Ceará, Amapá, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo paralisaram as atividades em busca de respeito. Em alguns desses estados, o movimento organizado pelos docentes foi criminalizado, desqualificado e teve, inclusive, intervenção judicial para impedir as manifestações.
Em seu discurso, Amanda destaca: “Não podemos aceitar que digam que somos nós os culpados pelo caos”. “Vocês (Secretaria de Educação) nos pedem que sejamos flexíveis e pacientes, que devemos pensar a longo prazo, mas nossa necessidade de alimentação e transporte são imediatas. Conheço colegas que aguardam, pacientemente, há 15 ou 20 anos por uma promoção”, completou.
Consciência de luta
Após a repercussão do vídeo, a professora foi convidada a participar de programas televisivos. Em entrevista, Amanda destaca que comparece em assembleias, atos públicos e está presente na vida sindical. “Creio que ensinar as pessoas a lutar pelos seus direitos faz parte do processo educacional. Se eu ensino os meus alunos a lutarem pelos direitos deles, eu tenho de ser a primeira a lutar e servir de exemplo”, pontua.
Apoio
Assim como para tantas Amandas, Marias ou Josés, a realidade em sala de aula significa uma batalha constante pela sobrevivência, não só dos que ali estão para aprender, como, também, para ensinar.
Nós do Sindicato dos Professores do ABC acreditamos que a educação é o caminho para o progresso social e que, para isso, é preciso o reconhecimento e valorização do trabalho. Pedimos e apoiamos a luta pelo investimento na educação, por melhores salários, pela dignidade, por melhores condições e, principalmente, pelo respeito ao professor como profissional e como ser humano. Apoiamos todos os docentes do país que estão em greve e acreditamos no poder da mobilização para conquistar os avanços.
Discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte mostrou que a realidade da educação é a mesma em todo o país
Uma jovem professora do Rio Grande do Norte ficou conhecida nacionalmente, no mês passado, em decorrência do discurso firme realizado na Assembleia Legislativa local, no qual se mostrava cansada e indignada com as falsas promessas e descaso com a educação no estado.
Amanda Gurgel não falou por si ou por seus colegas próximos; falou por todo o país. “Apenas quem está em sala de aula e enfrenta a realidade de pegar três ônibus para ir ao trabalho, em condições precárias, tem propriedade para falar sobre o assunto. Fora isso, qualquer colocação ou consideração feita, servirá para mascarar a verdade de que, em nenhum governo, a educação é ou foi uma prioridade”. No Brasil, a opinião foi compartilhada por muitos professores, que procuram, sempre, deixar em pauta o tema “valorização da educação”.
Desde o início do ano, mais da metade dos estados brasileiros passaram (ou passam) por greves de docentes, sejam eles da rede pública ou privada, do sul, sudeste ou nordeste do país. Por melhores condições de trabalho, professores do Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Bahia, Pernambuco, Ceará, Amapá, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo paralisaram as atividades em busca de respeito. Em alguns desses estados, o movimento organizado pelos docentes foi criminalizado, desqualificado e teve, inclusive, intervenção judicial para impedir as manifestações.
Em seu discurso, Amanda destaca: “Não podemos aceitar que digam que somos nós os culpados pelo caos”. “Vocês (Secretaria de Educação) nos pedem que sejamos flexíveis e pacientes, que devemos pensar a longo prazo, mas nossa necessidade de alimentação e transporte são imediatas. Conheço colegas que aguardam, pacientemente, há 15 ou 20 anos por uma promoção”, completou.
Consciência de luta
Após a repercussão do vídeo, a professora foi convidada a participar de programas televisivos. Em entrevista, Amanda destaca que comparece em assembleias, atos públicos e está presente na vida sindical. “Creio que ensinar as pessoas a lutar pelos seus direitos faz parte do processo educacional. Se eu ensino os meus alunos a lutarem pelos direitos deles, eu tenho de ser a primeira a lutar e servir de exemplo”, pontua.
Apoio
Assim como para tantas Amandas, Marias ou Josés, a realidade em sala de aula significa uma batalha constante pela sobrevivência, não só dos que ali estão para aprender, como, também, para ensinar.
Nós do Sindicato dos Professores do ABC acreditamos que a educação é o caminho para o progresso social e que, para isso, é preciso o reconhecimento e valorização do trabalho. Pedimos e apoiamos a luta pelo investimento na educação, por melhores salários, pela dignidade, por melhores condições e, principalmente, pelo respeito ao professor como profissional e como ser humano. Apoiamos todos os docentes do país que estão em greve e acreditamos no poder da mobilização para conquistar os avanços.