Conselho Nacional de Educação já discute a iniciativa. Escolas com baixo rendimento no Enem terão prioridade no recebimento dos benefícios
O Ministério da Educação apresentou projeto para integrar matérias no Ensino Médio da rede pública, com a proposta de facilitar o aprendizado dos alunos. “A intenção é estimular as redes estaduais de educação a pensar novas soluções que diversifiquem os currículos com atividades integradoras, a partir dos eixos trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para melhorar a qualidade da educação oferecida nessa fase de ensino e torná-la mais atraente”, destaca a assessoria do MEC. Com isso, as disciplinas devem ser distribuídas em grupos amplos, como exatas e biológicas, linguagem, ciências humanas e matemática.
Associar vivências práticas a conteúdos teóricos, em laboratórios, oficinas e outras atividades, valorizar a leitura e garantir formação cultural aos alunos são alguns tópicos inseridos na proposta do Ministério da Educação.
Cinco questões centrais serão discutidas pelo Conselho Nacional da Educação a respeito das mudanças no currículo do Ensino Médio. O primeiro item a ser debatido é alteração para 3 mil horas na carga horária mínima, que representa 200 horas a mais a cada ano. Com a nova proposta, o aluno poderá escolher 20% da carga horária dentro das atividades oferecidas pela escola.
“Um dado importante que precisa ser avaliado diz respeito ao aumento da carga-horária, já que as escolas já trabalham com seis horas diárias”, destaca o presidente do SINPRO ABC, professor Aloísio Alves da Silva. “Não podemos permitir que recesso e férias sejam ameaçados com essa mudança”, completa o docente.
As novidades apresentadas pelo MEC levantaram uma dúvida, no que diz respeito às demissões de profissionais da educação. “O grande problema da proposta do Ministério é que não há debate com os setores ligados à educação”, avalia o presidente do SINPRO ABC. “Nenhuma entidade representativa foi chamada para a discussão da proposta e de seus impactos, principalmente no que se refere ao desemprego”, completa o dirigente sindical.
Francisco Cordão, presidente do CNE, explica que “a intenção não é substituir uma grade curricular por uma nova matriz curricular, trocar 12 disciplinas por quatro eixos, e, sim, que os professores possam trabalhar de maneira articulada com núcleos centrais, mas flexíveis, com projetos integradores, para facilitar a aprendizagem dos alunos”.
O novo modelo de Ensino Médio deve ser concluído até julho e, posteriormente, cada estado discutirá verbas e ações com o Ministério. As 100 escolas que obtiveram piores notas no Enem já farão as mudanças em 2010, segundo o MEC.
Conselho Nacional de Educação já discute a iniciativa. Escolas com baixo rendimento no Enem terão prioridade no recebimento dos benefícios

O Ministério da Educação apresentou projeto para integrar matérias no Ensino Médio da rede pública, com a proposta de facilitar o aprendizado dos alunos. “A intenção é estimular as redes estaduais de educação a pensar novas soluções que diversifiquem os currículos com atividades integradoras, a partir dos eixos trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para melhorar a qualidade da educação oferecida nessa fase de ensino e torná-la mais atraente”, destaca a assessoria do MEC. Com isso, as disciplinas devem ser distribuídas em grupos amplos, como exatas e biológicas, linguagem, ciências humanas e matemática.

Associar vivências práticas a conteúdos teóricos, em laboratórios, oficinas e outras atividades, valorizar a leitura e garantir formação cultural aos alunos são alguns tópicos inseridos na proposta do Ministério da Educação.

Cinco questões centrais serão discutidas pelo Conselho Nacional da Educação a respeito das mudanças no currículo do Ensino Médio. O primeiro item a ser debatido é alteração para 3 mil horas na carga horária mínima, que representa 200 horas a mais a cada ano. Com a nova proposta, o aluno poderá escolher 20% da carga horária dentro das atividades oferecidas pela escola.

“Um dado importante que precisa ser avaliado diz respeito ao aumento da carga-horária, já que as escolas já trabalham com seis horas diárias”, destaca o presidente do SINPRO ABC, professor Aloísio Alves da Silva. “Não podemos permitir que recesso e férias sejam ameaçados com essa mudança”, completa o docente.

As novidades apresentadas pelo MEC levantaram uma dúvida, no que diz respeito às demissões de profissionais da educação. “O grande problema da proposta do Ministério é que não há debate com os setores ligados à educação”, avalia o presidente do SINPRO ABC. “Nenhuma entidade representativa foi chamada para a discussão da proposta e de seus impactos, principalmente no que se refere ao desemprego”, completa o dirigente sindical.

Francisco Cordão, presidente do CNE, explica que “a intenção não é substituir uma grade curricular por uma nova matriz curricular, trocar 12 disciplinas por quatro eixos, e, sim, que os professores possam trabalhar de maneira articulada com núcleos centrais, mas flexíveis, com projetos integradores, para facilitar a aprendizagem dos alunos”.

O novo modelo de Ensino Médio deve ser concluído até julho e, posteriormente, cada estado discutirá verbas e ações com o Ministério. As 100 escolas que obtiveram piores notas no Enem já farão as mudanças em 2010, segundo o MEC.

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