Direção da Metodista falta em reunião e não se justifica, irregularidade e ações se multiplicam, bispos reunidos em Encontro Episcopal recebem manifesto

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Publicado no site da FEPESP, clique para saber mais.

Encontro de entidades sindicais de professores, auxiliares de administração escolar, técnicos administrativos que tem colégios e universidades da rede Metodista em sua base reafirmam disposição de luta em encontro nesta terça-feira, 19/11, em São Paulo.

A direção da Metodista foi convidada para a reunião. Mas fugiu da raia: não compareceu e não apresentou justificativa.

A ausência da Metodista reflete e repete sua indiferença às infrações das mais simples de suas obrigações trabalhistas: pagamento de salários, depósito de encargos financeiros, não pagamento de acordos judiciais firmados, recolhimento de contribuições e mensalidades sindicais descontadas mas não repassadas às suas entidades de classe.

A Igreja Metodista, responsável pelas Instituições Metodistas de Educação – IME, aceita tais infrações?

 

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Aos senhores Bispos e Pastores reunidos no
Encontro Episcopal da Igreja Metodista

Dirigimo-nos respeitosamente aos senhores bispos, pastores e dirigentes reunidos neste Encontro Episcopal para demonstrar nossa preocupação e justificada indignação sobre situação preocupante que aflige professores e técnicos administrativos atuando nos colégios e universidades da organização de ensino Metodista no Brasil.

Os estudantes pagam suas mensalidades, os professores ministram suas aulas, os técnicos mantêm o ambiente escolar em atividade – mas os professores e técnicos administrativos não são remunerados e têm seus direitos fraudados pelas escolas da rede Metodista.

Como bem lembrado na liturgia proposta para a sua celebração do Dia de Ação de Graças, que se aproxima, “render graças a Deus pela criatividade de ideias que enriquecem a vida, é acrescentar sua contribuição ao processo humano”.

O valioso ‘processo humano’ em curso nas escolas Metodistas está sendo vilipendiado.

Enxergamos grande contradição entre a prática lesiva conduzida pela administração das suas escolas e o compromisso expresso da Educação Metodista, a saber:

“O compromisso das instituições educacionais metodistas é com a realização de uma educação diferenciada, que alia alta qualidade acadêmica, científica e tecnológica com os mais profundos valores éticos e cristãos”.

Esse compromisso tem justamente sua raiz no artigo 182 dos Cânones da Igreja Metodista, que indica que:

“As Instituições Metodistas de Educação têm por Missão exercer influência na formação de crianças, jovens e adultos, em conformidade com os valores e as diretrizes educacionais da Igreja Metodista, exercendo suas atividades em todos os níveis”.

Pois bem. A educação de crianças, jovens e adultos que confiam suas esperanças nas instituições de ensino Metodista tem a qualidade do seu ensino comprometida por professores e auxiliares aflitos e inseguros quanto à sua própria manutenção financeira, diante de constantes atrasos de pagamento de salários, fraude no cumprimento de compromissos de encargos sobre seus funcionários (como FGTS, férias, INSS e outros), não pagamento de acordos judiciais firmados, recolhimento de contribuições e mensalidades sindicais descontadas mas não repassadas às suas entidades de classe, oferecimento e desconto de prestações em crédito consignados não repassadas ao sistema bancário.

A lista segue e poderá ser documentada por todos que aqui subscrevem este documento.

Será intenção da Igreja Metodista intervir de forma tão negativa no processo humano registrado na sua relação com professores e auxiliares em suas escolas?

Gostaríamos de acreditar que não o fosse.

Sucessivas tentativas de abertura de diálogo e resolução de problemas com a direção das IME foram frustradas mesmo com convite e convocações formalmente protocoladas. Na última delas, neste 19 de novembro, sequer foi apresentada alguma justificativa para sua ausência.

Assim, acreditamos ser imperativo que os senhores bispos, pastores e dirigentes dirijam sua reflexão neste encontro no sentido de verificar tais desvios e interceder junto ao Conselho Diretor da Coordenação Geral da Ação Missionária, à área de Pastoral Escolar e Universitária coordenada pela CONAPEU e ao seu Concílio Geral das Instituições Metodistas de Educação, para que os valores éticos expressos em seu compromisso e missão sejam refletidos na regularização de débitos junto a docentes e demais funcionários das IME, e que esse compromisso se estenda à estabilização de suas obrigações aos seus profissionais de Educação.

No aguardo de pronta resposta, subscrevemo-nos:

Em nome de:

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee

Federação dos Professores do Estado de São Paulo – Fepesp

Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado do Rio de Janeiro – Feteerj

Federação dos Professores, Trabalhadores Técnicos e Administrativos e Auxiliares em Estabelecimentos de Ensino – Fetee – Sul

Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Fitee

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