Em reunião realizada hoje (19) com a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a pasta estuda colocar os professores como um dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI) a partir do mês de março. Ele também afirmou que a estratégia de imunização será alterada a partir da próxima quarta-feira (24). Segundo ele, com a remessa de 4,7 milhões de vacinas que deve chegar ao país entre os dias 24 e 28 de fevereiro — sendo 2 milhões de doses da fórmula de Oxford/AstraZeneca/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e 2,7 milhões da Coronavac — o ministério aplicará, inicialmente, apenas uma dose do imunizante em cada brasileiro. A segunda dose será aplicada com a vacina produzida no Brasil, que deve ser fabricada a partir do próximo mês. O anúncio da antecipação da imunização dos professores é uma vitória da Contee e suas entidades filiadas, que têm cobrado nacionalmente, bem como em cada estado e município, a inclusão dos trabalhadores das instituições de ensino, públicas e privadas, no grupo prioritário de imunização, já que essa é uma condição básica para o retorno das aulas presenciais. “A Contee e suas entidades filiadas têm reforçado o movimento da #VacinaçãodaEducaçãoJá, que implica a inclusão dos trabalhadores da educação no grupo prioritário para a vacinação. Esse posicionamento se fundamenta no fato de que, se as escolas são insubstituíveis e é importante o retorno das aulas presenciais, os trabalhadores do ensino devem ser considerados como sendo da ‘linha de frente’, já que têm contato direto com todas as faixas etárias da população”, defenderam, em artigo publicado no site da revista Carta Capital desta semana, a coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais da Confederação, Maria Clotilde Lemos Petta, e a presidenta do Sinpro Campinas e Região, Conceição Fornasari. Isso não significa que a luta acabou. É preciso que se continue pressionando para que o Ministério da Saúde cumpra a palavra e também para que todos os trabalhadores em educação — técnicos administrativos e professores, e não somente os docentes — sejam incluídos na lista prioritária para receber a vacina o mais rapidamente possível. Mais do que isso: a batalha é para que todos os cidadãos sejam vacinados, porque o direito à saúde e à vida é de todos. Por Táscia Souza