Apesar da conquista, participação feminina na política ainda é considerada abaixo do ideal
Há 80 anos, as mulheres brasileiras conquistavam aquele que seria um dos mais importantes passos na história da política nacional: o direito ao voto feminino.
Inicialmente o voto era concedido somente às viúvas, solteiras com renda própria e casadas - desde que tivessem autorização do marido. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, foi com o Código Eleitoral, de 24 de fevereiro de 1932, que a cidadania eleitoral foi estendida a todas as mulheres do Brasil.
Ao longo dos 80 anos, o país acompanhou, mesmo que de forma lenta, a inserção feminina na política. Somente em 2010, com a eleição de Dilma Rousseff, o cargo máximo do Brasil foi ocupado por uma mulher escolhida pelo voto direto.
No fim de 2011, a senadora Marta Suplicy (PT/SP) declarou à Rede Brasil Atual que os partidos políticos são os principais responsáveis pela baixa procura feminina na política brasileira. Para ela, “o brasileiro não tem mais esse preconceito e vota tranquilamente em mulher, isso está confirmado em todos os estados. O que falta são os partidos acreditarem nas mulheres”.
Na mesma ocasião, Iriny Lopes, ministra da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, destacou que a eleição de Dilma Rousseff não alavancou o número de mulheres na política, uma vez que o número de deputadas e senadoras está abaixo do número ideal. Atualmente, o Brasil conta com 10 senadoras (do total de 81) e somente 47 deputadas federais (total de 513).
Para Mariana de Melo Rocha, professora e diretora do SINPRO ABC, a presença das mulheres nas instâncias de decisão política deveria ser proporcional ao seu peso real na população. “Acredito que tal fato seja, em parte, resultado de uma cultura excludente e discriminatória, recheada de corrupção e, muitas vezes, ausente de valores morais e éticos, em que a mulher era mantida em condições de inferioridade em relação ao homem para o exercício de atividades políticas”, avalia Mariana.
Participação
O SINPRO ABC aproveita a aproximação do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para reafirmar a necessidade de maior participação feminina nas esferas políticas. Como exemplo, destacamos o atual quadro de associados ao Sindicato, que é composto por 71% de mulheres. Em contrapartida, a atual diretoria é composta apenas por 20,8% de representantes do sexo feminino. “Torço para que a chegada de Dilma à presidência do Brasil não seja um fato isolado, mas que impulsione um incremento do engajamento feminino e uma ampliação efetiva da participação ativa das mulheres na vida política, não apenas como eleitoras, mas como ocupantes eleitas de cargos em todas as instâncias”, finaliza a dirigente sindical.
Apesar da conquista, participação feminina na política ainda é considerada abaixo do ideal

Há 80 anos, as mulheres brasileiras conquistavam aquele que seria um dos mais importantes passos na história da política nacional: o direito ao voto feminino.
Inicialmente o voto era concedido somente às viúvas, solteiras com renda própria e casadas - desde que tivessem autorização do marido. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, foi com o Código Eleitoral, de 24 de fevereiro de 1932, que a cidadania eleitoral foi estendida a todas as mulheres do Brasil.

Ao longo dos 80 anos, o país acompanhou, mesmo que de forma lenta, a inserção feminina na política. Somente em 2010, com a eleição de Dilma Rousseff, o cargo máximo do Brasil foi ocupado por uma mulher escolhida pelo voto direto.

No fim de 2011, a senadora Marta Suplicy (PT/SP) declarou à Rede Brasil Atual que os partidos políticos são os principais responsáveis pela baixa procura feminina na política brasileira. Para ela, “o brasileiro não tem mais esse preconceito e vota tranquilamente em mulher, isso está confirmado em todos os estados. O que falta são os partidos acreditarem nas mulheres”.

Na mesma ocasião, Iriny Lopes, ministra da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, destacou que a eleição de Dilma Rousseff não alavancou o número de mulheres na política, uma vez que o número de deputadas e senadoras está abaixo do número ideal. Atualmente, o Brasil conta com 10 senadoras (do total de 81) e somente 47 deputadas federais (total de 513).

Para Mariana de Melo Rocha, professora e diretora do SINPRO ABC, a presença das mulheres nas instâncias de decisão política deveria ser proporcional ao seu peso real na população. “Acredito que tal fato seja, em parte, resultado de uma cultura excludente e discriminatória, recheada de corrupção e, muitas vezes, ausente de valores morais e éticos, em que a mulher era mantida em condições de inferioridade em relação ao homem para o exercício de atividades políticas”, avalia Mariana.

Participação
O SINPRO ABC aproveita a aproximação do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para reafirmar a necessidade de maior participação feminina nas esferas políticas. Como exemplo, destacamos o atual quadro de associados ao Sindicato, que é composto por 71% de mulheres. Em contrapartida, a atual diretoria é composta apenas por 20,8% de representantes do sexo feminino. “Torço para que a chegada de Dilma à presidência do Brasil não seja um fato isolado, mas que impulsione um incremento do engajamento feminino e uma ampliação efetiva da participação ativa das mulheres na vida política, não apenas como eleitoras, mas como ocupantes eleitas de cargos em todas as instâncias”, finaliza a dirigente sindical.

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