20042022 superior A mais recente rodada de negociações entre a Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) e o Semesp (sindicato patronal), realizada nesta quarta-feira (20/4), foi marcada, mais uma vez, pela falta de contraproposta por parte dos mantenedores.

De acordo com a Fepesp, depois de suspenderem a reunião do último dia 13, o patronal iniciou esta rodada sem apresentar novidade alguma em relação às propostas feitas anteriormente e rejeitadas pelos representantes dos trabalhadores. Vale destacar que, no início de abril, o índice proposto pelo Semesp foi de 3%, com dois abonos de 15% (agosto e outubro).

A comissão dos sindicatos insiste na reposição da inflação de março de 2021 a fevereiro de 2022 (10,57%) como condição inicial para a discussão das outras cláusulas das pautas de reivindicações.

“A reposição da inflação nos salários é essencial, e é condição necessária para continuarmos as tratativas”, disse Celso Napolitano, presidente da Fepesp, ao lembrar que essa reposição foi garantida para os demais segmentos - Educação Básica, Sesi, Senai e Senac - nas convenções e acordos coletivos celebrados. “Apenas as mantenedoras do Ensino Superior privado se recusam a aceitar a reposição da defasagem inflacionária nos salários dos professores e dos auxiliares administrativos. Reafirmamos nossa intenção de reivindicar a reposição inflacionária como premissa para outras discussões”, completou.

As representações dos trabalhadores sugeriram, então, aumentar o número de rodadas de negociação semanais, como forma de agilizar o processo de negociação e caminhar para superar o impasse.

Regramento da EaD, ultratividade - Além da reposição inflacionária, a Fepesp e seus sindicatos insistem na reivindicação de regramento das condições de trabalho no ensino hibrido e na EaD. E, ainda, voltou a reivindicar que seja acordada a manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva de trabalho de 2020/2021 até o encerramento das negociações (o que é conhecido como ultratividade das normas).

Por seu lado, a representação patronal propôs "trocar reféns" - o que, na sua visão, significa identificar os pontos de consenso e "enxugar" a pauta de reivindicações, concentrando a negociação em um número menor de cláusulas, sugerindo que as comissões de trabalhadores façam o mesmo. Os representantes das mantenedoras comprometeram-se a encaminhar a "pauta enxuta" patronal na próxima terça-feira, dia 26/04. Os representantes sindicais disseram que a proposta será apreciada pelos sindicatos.

Nova sessão de negociação foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 27/04, ocasião em que a representação patronal irá se manifestar sobre a ultratividade das normas.

Com informações da Fepesp


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