“Eu não quero nenhum professor me abordando hoje” essa foi a fala de Paulo Skaf quando chegou ao SENAI Mário Amato em São Bernardo do Campo, na manhã desta sexta-feira (23/10). O carro dele ficou parado na portaria da escola por conta da manifestação promovida pelo SINPRO ABC (Sindicato dos professores do ABC) em razão do fechamento de salas de aula, turmas e demissão de professores, que deverá ocorrer com a reestruturação anunciada por Skaf e suas “pataquadas”.

Dezenas de professores, familiares de alunos e sindicalistas estiveram presentes à manifestação que contou com o apoio da Apeoesp regional, do sindicato dos metalúrgicos do ABC e da CUT.

De acordo com o presidente do sindicato dos professores do ABC, José Jorge Maggio, com a reestruturação anunciada por Skaf, 11 escolas serão fechadas, além de 54 salas de aula prejudicando cerca de Mil e 700 alunos e o fechamento de centenas de postos de trabalho na região do ABC. A reestruturação deve afetar todo o estado de São Paulo ampliando ainda mais esses números.

“Temos que mobilizar professores, alunos, familiares e a sociedade em geral, pois esta situação é um afronto à educação no País, o mesmo acontece com o governo de São Paulo, que pretende fechar escolas e demitir professores. Geraldo Alckmin e Paulo Skaf estão promovendo um crime contra nossas crianças e jovens. Isso sem contar os professores e professoras que ficarão desempregados. Temos que dar um basta neste descalabro e reverter esta situação”.

No dia 06/11 às 14h será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo para debater os descalabros da educação no Sistema “S” e suas consequências para a sociedade.

Alunos estaduais protestam contra o fechamento de escola

A manifestação do SINPRO ABC foi engrossada por um coro de centenas de jovens que protestavam contra o fechamento da escola estadual “Professora Julieta Viana Simões” localizada na Vila Rosa em São Bernardo do Campo. De acordo com professores e alunos, a escola está na lista divulgada pelo governo do estado que deve fechar as portas. Se isso acontecer, cerca de 800 alunos serão remanejados para outras escolas da região. Alguns terão que pagar passagem de ônibus para continuar estudando, o que vai aumentar as contas da família.

Jornalista Sérgio Corrêa – mtb 19065


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