Reforma Trabalhista deve aprofundar fosso salarial de não sindicalizado
Uma nova interpretação de dados levando em conta os possíveis efeitos da reforma promovida pelo governo sem votos indica que as novas regras trabalhistas devem aprofundar a diferença salarial entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados - em favor quem é sócio do seu sindicato.
A conclusão é do pesquisador André Gambier Campos, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e foi apontada pela repórter Cristiane Bonfanti no jornal Valor mostrando que os sindicalizados ganham, em média, 33,5% mais que os não sindicalizados no país.
"Com a reforma trabalhista, essa desigualdade interna no mercado tende a se aprofundar", afirma o pesquisador Campos, que analisou o mercado de trabalho como um todo, sem se deter em categorias específicas. "Por uma série de fatores, a trajetória dessas pessoas (sindicalizados) no mercado de trabalho afeta os seus salários", conclui. O IPEA é o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do Ministério do Planejamento.
E o que a reforma trabalhista tem a ver com isso, no caso de professoras, professores e pessoal administrativo nas escolas da rede privada? A reforma, como já denunciamos, permite a terceirização de docentes. o trabalho temporário e até o trabalho intermitente - que pode pressionar o salário e a carga horária de quem trabalha.
Por isso, nossa advertência: procure já o Sindicato. Nós vamos resistir a essas tentativas de precarização. Já sabe: qualquer tentativa de acordo individual, de mudança de carga horária ou disciplinas, procure imediatamente o Sindicato!
Confira o estudo: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2323_web.pdf