O ataque às conquistas trabalhistas e previdenciárias, traduzido pelo anúncio das medidas provisórias 664 e 665, indica que os trabalhadores deverão pagar pelo ajuste conservador da economia. Não é suficiente o exemplo do receituário neoliberal do FMI e da Troika, que assolou recentemente alguns países da Europa. Como ocorre na Espanha e Grécia, agora somos nós, povo brasileiro, chamados a dar nossa parte no quinhão para a concentração de renda do planeta

Estamos numa conjuntura turbulenta de instabilidade econômica do capitalismo, repercussão ainda da crise financeira provocada pelos banqueiros predadores dos países desenvolvidos e alimentada por recentes fatores externos (baixo preço das commodites e desaceleração econômica da China, entre outros) e internos (saída neo-liberal da “crise” anunciada e Petrobras).

A política adotada pelo segundo governo Dilma, de tentar manter um modelo esgotado de coalização entre as forças políticas progressistas e classes dominantes com interesses diversos (que funcionou bem, numa outra conjuntura econômica, no governo Lula) está provocando um cerco conservador que compromete a emancipação econômica e social do país.

Além dos ataques às conquistas previdenciárias e trabalhistas com a edição das medidas provisórias 664 e 665, estão ainda na agenda conservadora, medidas piores como a alteração do atual modelo de partilha do Pré-sal (em benefício das grandes companhias petroleiras), a privatização da Petrobras (saciando a sede entreguista do conservadorismo), a terceirização das atividades em todos os setores (fim da previdência, não concessão de planos de saúde corporativos, regime maior de jornada de trabalho, etc.), enterro da reforma política com participação da sociedade, desregulação da educação privada, fim do ensino público e de qualidade nas universidades, redução da maioridade penal, não criminalização da homofobia, criminalização dos dependentes químicos, etc.

O SINPRO ABC, enquanto representante legal dos professores e professoras da rede privada de ensino, solidariza-se e com toda a classe trabalhadora, no sentido de repudiar esses ataques exigindo a revogação das MP’s 664 e 665 enviadas pelo Executivo ao Congresso Nacional e convoca a sociedade para juntos rompermos o cerco conservador que se impôs no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional (70% dos eleitos receberam dinheiro de 10 das maiores empresas nacionais), na imprensa, nos meios de comunicação em geral (que dissemina a intolerância insuflando uma pequena parcela da população a pedir nas ruas a volta da ditadura civil-militar!)

Devemos juntos protestar, indo às ruas, fazer com que a voz dos trabalhadores e trabalhadoras seja ecoante e uníssona: Basta de conservadorismo! Vamos avançar nas conquistas sociais e políticas.

 

“Diga não à flexibilização de direitos!”

Diretoria SINPRO ABC


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