Os professores do SESI/SENAI (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires) lotaram o auditório do Colégio da Fundação Santo André, nas duas assembleias da categoria (8h30 e 13h30), realizadas nesta quinta-feira, 26/03.
Por unanimidade eles aprovaram a proposta patronal da campanha salarial 2015.
Proposta patronal:
- Reajuste salarial escalonado: 7% em março e 0,68% a partir de janeiro de 2016.
- Abono de 15% sobre o salário, pago em 15/10.
- Vales (refeição e alimentação), a proposta de reajuste não repõe a inflação. Os valores de face propostos são de R$ 25,00 e R$ 96,04, respectivamente.
De acordo com o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, a grande conquista foi o abono salarial de 15%, uma reivindicação antiga da categoria, sendo pago em parcela única no mês de outubro.
O resultado, no entanto, ainda não é oficial já que tem que ser referendado por todos os SINPROS do estado de São Paulo, ligados a FEPESP (Federação dos Professores do Estado de São Paulo).
É importante salientar que o SINPRO SP não aprovou a proposta apresentada e uma nova assembleia foi marcada para o dia 9/04, com paralisação das escolas. Eles decidiram também que as negociações devem ser mantidas até esse dia.
Na assembleia do ABC, um dos pontos polêmicos foi a questão do “diário eletrônico” implantado pelo SESI/SENAI neste ano.
De acordo com os professores esse sistema tem apresentado inúmeros problemas, já que não houve um período de experimentação.
A categoria reclama principalmente do fraco sinal de internet nas salas de aula, da falta de equipamentos, tendo que em muitos casos utilizar seus computadores pessoais e falhas nos provedores. Com isso muitos levam até 30 minutos para fazer chamada e registrar matéria. Há casos em que os professores fazem este trabalho em casa ou fora do horário de aula, o que caracteriza “hora tecnológica”, mas que o sindicato patronal ainda não reconhece ou aceita esta negociação.
Manifesto
Nas assembleias de todas as regiões do Estado, os professores aprovaram um manifesto que denuncia os problemas nas condições de trabalho. O documento será divulgado na próxima semana pelos sindicatos.
