Impeachment é um golpe contra os trabalhadores e o povo brasileiro
O Sindicato dos Professores do ABC vem a público para se manifestar sobre a crise política em curso no Brasil.
1 – O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu inicio ao processo de impeachment da presidenta da república, Dilma Rousseff, em retalhação a decisão da bancada do PT de acatar a proposta de admissibilidade do processo na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados conta Cunha.
2 – Eduardo Cunha é personalidade conhecida pela política de ataque sistemático aos trabalhadores, responsável por recolocar na pauta em 2015 o famigerado PL 4330 da terceirização e ataca os direitos como (PL 5069) que altera a lei de atendimento as mulheres vítimas de violência sexual. Representante dos setores mais retrógrados é o principal porta-voz do financiamento empresarial de campanha no Congresso. Cunha se une a Michael Temer, vice-presidente, com o apoio do PSDB e de figuras conhecidas da ação contra os trabalhadores como Paulinho do Solidariedade.
3 – Esses setores querem o golpe, para aprofundar o ataque aos direitos e as conquistas da classe trabalhadora e do povo nos últimos anos. Trabalham para os setores do imperialismo, para multinacionais e empresário com objetivos claros: retirar direitos trabalhistas, entregar o Pré-Sal para as multinacionais e atacarem a Previdência Social.
4 – A situação é alimentada pela política econômica de ajuste fiscal criminosa conduzida pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy que corta orçamentos sociais para garantir o superavit primário, despejando bilhões nos cofres dos banqueiros. A política econômica de Levy de desemprego, juros alto, câmbio manipulado pelos especuladores, privatização, achatamento salaria e cortes nos orçamentos dos serviços públicos é a maior responsável pelo caldo de cultura golpista em curso. É urgente mudar de política e por para fora o ajuste do ministro Levy, que alimenta o golpismo.
5 – A bandeira do golpe é um pretexto da direita a fim de desviar a atenção do povo acerca de privilégios de setores empresariais custeados com o dinheiro público, como o enriquecimento das empresas da educação privada que são beneficiadas por políticas como Pronatec e FIES sem qualquer contrapartida aos alunos e aos trabalhadores da educação.
6 - Nós do Sindicato dos Professores do ABC nos somamos a Central Única dos Trabalhadores, aos movimentos sociais e populares para afirmar:
– Defesa do mandato popular da Presidenta Dilma! Fora Cunha!
– defesa dos direitos trabalhistas e sociais!
– fim imediato da política de ajuste fiscal do ministro Levy!
• Todos as ruas dia 16/12, na Av. Paulista as 17h no Vão Livre do MASP