SINPRO ABC comemora 30 anos com show de Leci Brandão, na festa do professor

Neste ano em que o Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO) completa 30 anos de fundação, quem ganha o presente é você associado e associada. O tradicional “Jantar ” realizado em outubro para comemorar o dia do professor, neste ano, terá uma grande atração: Show da cantora Leci Brandão, para abrilhantar o tema da festa “30 anos de SINPRO com 100 anos de samba”.

O jantar será realizado no dia 15 de outubro (sábado), no restaurante Florestal – avenida Maria Servidei Demarch, 2998 – São Bernardo do Campo, a partir das 20h. O ingresso para sócios é gratuito, incluindo o show da cantora Leci Brandão e banda, que será realizado às 22h30. Já para convidados o valor é de R$ 75,00 no primeiro convite e R$ 80,00 nos demais. Crianças até seis anos não pagam ingresso e de sete a 12, o valor é R$ 37,00. A reserva dos ingressos deve ser feita pelo telefone: 4994.0700.

Leci Brandão

Carreira artística
Cantora, compositora brasileira e umas das mais importantes intérpretes (samba) da música popular brasileira.
Começou sua carreira no início da década de 1970, tornando-se a primeira mulher a participar da ala de compositores da Mangueira. Ao longo de sua carreira, gravou 20 álbuns e três compactos. Participou do Festival MPB-Shell, em 1980, com a música Essa tal criatura. Em 1985, gravou Isso é fundo de quintal. Durante o Carnaval de 1995, foi a intérprete da Acadêmicos de Santa Cruz (RJ). Atuou na telenovela Xica da Silva da TV Manchete. No carnaval de 2012, foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Tatuapé (SP). Atualmente, além de se dedicar à carreira musical, é membro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

Carreira política
Em fevereiro de 2010, Leci Brandão filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e candidatou-se ao cargo de Deputada Estadual pelo estado de São Paulo, tendo sido eleita com mais de 85 mil votos. Leci Brandão atua no Legislativo paulista em projetos de inclusão de negros nas universidades, respeito à Lei Maria da Penha, defesa dos professores, no combate à intolerância religiosa e à homofobia.

100 anos de samba
Em novembro de 1916, Ernesto dos Santos, o Donga, registrou o primeiro samba na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, “Pelo Telefone”, e entrou para a história. O episódio foi muito importante para o processo de profissionalização dos compositores deste gênero.
Em comemoração a data, diversos espetáculos homenageando o “samba”, foram realizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. O sindicato dos professores do ABC também entra nessa comemoração homenageando a categoria, através desse ritmo tradicional brasileiro, conhecido em todo o mundo.

Origem do Samba
O samba é hoje o ritmo nacional por excelência. Nascido no recôncavo baiano - faixa de terra ao redor da Baía de Todos os Santos - com o som dos escravos vindos da África, o ritmo é reconhecido como um comportamento musical, pois expressa a alegria de um povo (escravo) que batuca para festejar, comer e rezar.
Além de compartilharem expressões culturais e religiosas, os escravos possuíam um passado em comum. Na segunda metade do século XIX, foram protagonistas de rebeliões e fugas coletivas culminando com o desmonte da escravidão, através das lutas pela alforria, pelo acesso à roça, à família, e pelo direito de festejar. As memórias do cativeiro e da vitória não foram esquecidas e se legitimaram através da música.
Do batuque se originou o “samba” que com o passar do tempo criou ramificações de ritmos e conquistou o País. No entanto, sua primeira versão é registrada no samba de roda, declarado patrimônio imaterial nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2004 e mundial, pela UNESCO, em 2005. Sua identidade reside na chula, uma espécie de cantiga de louvor à mulher e à beleza feminina, e também na violamachete portuguesa, incorporada à percussão africana.
Já no início do século XX, a partir de influências rítmicas, poéticas e musicais do samba de roda baiano, do maxixe e da marcha carnavalesca, consolidaramse três novas formas de samba, desta vez no Rio de Janeiro: o partido alto, vinculado ao cotidiano e a uma criação coletiva baseada em improvisos; o samba-enredo, de ritmo inventado nas rodas do bairro do Estácio de Sá (Rio de Janeiro) e apropriado pelas escolas de samba para animar os seus desfiles de Carnaval; e o samba de terreiro, vinculado à quadra da escola, ao quintal do subúrbio, à roda de samba do botequim.
Essas expressões musicais são cultivadas há mais de 90 anos por comunidades, com origens africanas, no estado fluminense. Não são simplesmente gêneros, mas formas de expressão, modos de socialização. Constituído a partir dessas matrizes com muitas variantes, o samba carioca é uma expressão da riqueza cultural do país e em especial de seu legado africano, constituindo-se em um símbolo de brasilidade em todo o mundo.

Samba enredo
A partir da estruturação das escolas de samba no Rio de Janeiro, no final da década de 1920, criou-se o samba- enredo, aquele em que o compositor elabora os seus versos para apresentação no desfile. Ao longo do tempo, ele adquiriu características próprias, como a capacidade narrativa de descrever de maneira melódica e poética uma “história” – o enredo – que se desenrola durante o desfile. De sua animação e cadência depende todo o conjunto da escola na evolução e harmonia.


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