Centrais Sindicais e Contee reforçam luta contra reforma da Previdência
As centrais sindicais se reuniram no último dia 15 (segunda-feira) para debater agenda de ação contra a reforma da Previdência do Governo Temer, Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/16 . “A Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e entidades filiadas estão empenhadas nessa luta. Os representantes sindicais definiram conversar com os deputados federais e senadores, nos estados e em Brasília, para impedir que mais esse ataque governamental contra os direitos dos trabalhadores se efetive, anunciou o coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis.
“A reunião do Fórum das Centrais teve como objetivo afinar nossas agendas para orientar nossas bases para a ameaça de votação da proposta que reforma a Previdência Social e acaba com a nosso direito à aposentadoria”, afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo.
O Fórum também debateu a resistência contra a onda conservadora que ataca severamente a democracia. “Os sindicalistas se somam aos movimentos sociais nesta luta. A defesa da democracia e das instituições é fundamental para a edificação de uma sociedade avançada e inclusiva”, avaliou o dirigente do Sinpro ABC, José Jorge Maggio.
Unidas, as entidades indicaram a elaboração de uma campanha para agitar as bases e denunciar o caráter mentiroso da campanha do governo. “É vergonhosa a forma como o governo tenta manipular a população em torno da viabilidade desta reforma”, afirmou Maggio.
Agenda de lutas
No dia 01 de fevereiro as centrais sindicais e a Contee se somarão ao grande ato público nacional contra a reforma da Previdência e pela valorização e independência da Magistratura e do Ministério Público convocado pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e demais entidades que compõem a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas). O ato em Brasília está marcado para as 14h, quando ocorre a abertura do ano judiciário.
Com o objetivo de reforçar a pressão junto aos parlamentares, as Centrais indicaram agenda de ação a partir de 2 de fevereiro, data em que serão retomados os trabalhos do Congresso Nacional. As centrais vão se reunir com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Também está previsto nos primeiros dias de fevereiro reunião com os líderes das duas Casas legislativas. As entidades sindicais devem construir em suas bases agendas para movimentar o país e preparar a classe trabalhadora para uma eventual votação dia 19 de fevereiro.