Professores do ABC rejeitam propostas patronais
Os professores e professoras que participaram no último sábado (30) da assembleia sobre a campanha salarial rejeitaram as propostas patronais e decidiram continuar as negociações.
O encontro foi realizado na sede do SINPRO ABC com os docentes do Ensino Básico e Superior.
No Ensino Superior, a contraproposta rejeitada foi de reajuste de 10,57% dividida em duas parcelas (7% em março e o restante apenas em outubro), com um abono de 12% apenas em fevereiro do ano que vem.
Na Educação Básica, as escolas ofereciam contrato de dois anos com reajuste de 11,5% também dividido em duas partes (7% em março e o resto em setembro), com uma PLR de 12% em outubro, no primeiro ano, e reajuste dividido em 2017 (60% da média dos índices inflacionários em março mais 1% de aumento e 40% em setembro), com PLR de 18% em outubro.
No SESI/SENAI, não houve nova contraproposta
Por isso, as assembleias realizadas nos 26 sindicatos ligados à Federação dos Professores do Estado de São Paulo autorizaram o encaminhamento de um processo de mediação de nossa disputa - tanto na Educação Básica e no Ensino Superior, como diante da direção do SESI e do SENAI, cujos companheiros já haviam autorizado os sindicatos a seguir por esse caminho na assembleia do Sabadão Sindical realizado no dia 19 de março.
Mediação
A mediação é um processo de resolução de conflitos trabalhistas através do Tribunal Regional do Trabalho. Em outros tempos, a mediação só era possível com a concordância dos dois lados, o dos trabalhadores e o dos donos de escolas – um contrassenso já que, se as partes não concordam em um acordo, há pouca chance de concordarem com um arbitro ou mediador.
Mas agora temos uma novidade: desde 4 de abril, o Tribunal Superior do Trabalho entende que a mediação pode ser parte de uma fase pré-processual no encaminhamento de pedido de dissídio coletivo, e pode ser encaminhada por apenas uma das partes. Assim, INSTAURAREMOS O DISSÍDIO COLETIVO, COM O OBJETIVO DE QUE O TRT CONVOQUE OS PATRÕES À MEDIAÇÃO. O SESI E O SENAI SERÃO OS PRIMEIROS.
Reafirmamos que a FEPESP e os sindicatos integrantes continuam dispostos a receber novas contrapropostas. Mas nosso caminho está trilhado: vamos manter nossa mobilização, continuar pressionando e, se for mantida a intransigência, os patrões não poderão se esquivar - terão que abrir suas contas e justificar suas negativas na frente do mediador da Justiça do Trabalho.
