A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee, representante de cerca de 1 milhão de professores e técnicos administrativos de instituições particulares, tem entre suas principais bandeiras a defesa da educação pública e a regulamentação do ensino privado, o que inclui o combate veemente à mercantilização da educação, expresso na campanha nacional “Educação não é mercadoria”, lançada há dez anos. Nesta década de campanha — e antes dela — a Contee sempre denunciou de forma sistemática o comércio educativo, focando, primeiramente, na financeirização e oligopolização do ensino superior e, nos últimos anos, nos processos de privatização que têm atingido a educação básica.

A valorização de quem trabalha com educação começa por cada um e depende de um sindicato forte. Não foi à toa que a reforma trabalhista, que acaba de destruir a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), buscou desestruturar também o movimento sindical, priorizando, inclusive, acordos individuais. Isso aconteceu porque tanto o governo ilegítimo de Michel Temer quanto todos aqueles alinhados com os interesses patronais sabem que, para terem sucesso em sua tentativa de retirar direitos e conquistas dos trabalhadores, precisam enfraquecer sua representatividade e sua luta coletiva.

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