Ele não - parte 2: Mau exemplo todos os dias
Em um dia, sem máscara, um homem percorre as ruas do Rio de Janeiro em cima de uma moto, cercado de pessoas que, assim como ele, negam a realidade e seguem conduzindo suas vidas de forma egoísta, alienada e irresponsável. Poucas horas depois, este mesmo homem e sua comitiva são recebidos em outro país e, dessa vez, ele se lembra de colocar o equipamento de proteção individual no rosto, preocupado em dar um “bom exemplo”.
Infelizmente, esse cidadão, que se comporta com pleno descaso por onde passa, também ocupa o cargo de presidente da nação que, pouco a pouco, ele extermina. Sim, extermina.
Extermina com os maus exemplos que dá todos os dias, há anos. Extermina quando provoca aglomerações e debocha dos que respeitam o isolamento. Extermina quando é blindado por ministros e assessores que mentem diante da nação em seus depoimentos na CPI. Extermina quando incita o ódio e o preconceito. Extermina quando nega a ciência. Extermina quando nega apoio financeiro aos mais vulneráveis. Extermina quando dificulta o acesso à Educação. Extermina quando sai às ruas para celebrar algum feito que só é visto no mundo paralelo em que ele e seu rebanho vivem, enquanto o Brasil chega a marca dos 450 mil mortos pela covid-19.
Bons exemplos devem ser dados todos os dias, ainda mais por um presidente, que é o líder de uma nação, com projetos que asseguram os direitos fundamentais da sociedade. Com iniciativas, diante de uma pandemia, que garantam a vacinação de todos. Com a valorização da Educação. Com o respeito à vida.
Autoridades e especialistas alertam para o iminente risco de uma terceira onda, ainda mais preocupante, uma vez que o Brasil não suportaria viver a situação de caos novamente, em tão curto espaço de tempo. Faltam insumos e medicamentos. Os profissionais da Saúde estão desgastados, a economia não se recupera porque a crise sanitária persiste e quem deveria dar bom exemplo todos os dias é o primeiro a agravar o cenário já apocalíptico.
O Brasil não aguenta mais o amadorismo de Bolsonaro. Nem hoje, nem nunca: Ele Não.