A luta feminina pela conquista de direitos é antiga. No entanto, o papel da mulher na sociedade nunca foi tão debatido como no momento atual. Pensando a democracia e a igualdade de gênero, acontece nesta semana o 2º Encontro de Mulheres da Educação.

Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o evento será realizado nos dias 5 e 6 de maio na região central de São Paulo.

Para Rita Fraga, coordenadora da Secretaria de Gênero e Etnia, o encontro acontece em um delicado momento da política brasileira, quando se discute o impedimento de uma presidenta eleita democraticamente, e uma possível diminuição dos direitos dos trabalhadores.

Entre os temas em discussão estão: a importância da democracia para as conquistas das mulheres e seus impactos sociais e políticos na sociedade; a participação das mulheres na política e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária; a igualdade de gênero na sala de aula; e Diversidade e Gênero – muito além de uma questão de homem-mulher.

“É de extrema importância que as trabalhadoras em educação, que fazem parte do processo de formação da sociedade, estejam sempre unidas e preparadas para a luta de seus direitos e na defesa da democracia. A nossa luta nunca cessa e é essencial”, diz Rita.

Serviço:

2º Encontro de Mulheres da Educação

Local: Marabá Hotel – Avenida Ipiranga, 757 – São Paulo

Informações: (11) 2137-9500

Durante intervenção no 1º de Maio da CUT, o presidente nacional da Central, Vagner Freitas, convocou para 10 de maio um Dia Nacional de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos. A ideia é unificar os trabalhadores dos setores público e privado para derrubar o impeachment.

“Resistência se faz com luta e vamos paralisar fábricas, escolas, retardar atendimento onde for possível, na guerra junto com estudantes, com toda a sociedade”, alertou Vagner.

O dirigente voltou a apontar que a CUT não reconhecerá o governo do atual vice-presidente Michel Temer (PMDB), caso o golpe triunfe, porque não representa a vontade popular. Para exemplificar, citou a pesquisa da Central que aponta o repúdio da sociedade ao processo. “Na pesquisa que fizemos, o Temer só tem 1% de aceitação, ou seja, o povo não o quer no poder.”

Vagner alertou ainda aqueles que acreditam no discurso de que o impeachment resolve o problema do Brasil. “Os golpistas estão vendendo a ideia de que fazendo o impeachment, no dia seguinte, a economia crescerá 10%, um milhão de empregos serão gerados e o Brasil sairá da crise, mas o impeachment aprofundará a crise”, disse, ao reforçar que um possível golpe acirrará a disputa das ruas para que Dilma possa governar até 2018, conforme determina a eleição.

Uma luta que, segundo ele, não é um cheque em branco e virá acompanhada de cobranças por avanços para a classe trabalhadora.

“Não haverá paz, porque lutaremos pela democracia. Eles são usurpadores da democracia, não nós. Nós estamos do lado certo da história, entendendo que o mandato da Dilma deve ser respeitado para que ela possa fazer um restante de mandato que atenda a todos os interesses da classe trabalhadora.”

Por trás do golpe

Secretário Geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, ressaltou que, apesar de a entidade não apoiar o governo, se associou aos movimentos sindical e sociais porque enxerga no impeachment um golpe, sobretudo, contra a democracia, a classe trabalhadora, as mulheres, os negros, a comunidade LGBT e os setores mais pobres da sociedade brasileira.

 Ele falou ainda sobre os articuladores do golpe que não vêm a público, mas patrocinam e articulam, como o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.

“O Skaf vive dizendo que não quer pagar o pato, mas tem que pagar impostos sobre suas fortunas, jatinhos e helicópteros. Denunciar o dono do Itaú, seu (Roberto) Setúbal, que veio a público defender o golpe, mas não tem vergonha de cobrar 600% de juros da população endividada desse país.”

Para ele, o momento é de ampliar a conscientização. “A partir de agora temos que dialogar com quem está capturado pela manipulação da mídia, que está envenenada com a campanha orquestrada da Rede Globo. Vamos ocupar o país, derrotar o golpe e defender os interesses da nossa classe.”

Plebiscito – Presidente da CTB, Adilson Araújo, comparou os golpistas aos escolhidos para cargos biônicos, como senadores, governadores e prefeitos que não passavam por eleições. E sugeriu a realização de plebiscito para decidir sobre os rumos do governo.

“Em 2012, ao ganharmos as eleições, experimentamos o gosto de fazer politica. De olhar para o nordestino, para o povo pobre, para a periferia. Com foi bom ver nosso povo andar de avião, dar rolezinho no shopping e aí começamos a incomodar. Eu não votei no (Eduardo) Cunha, eu não votei no Temer e acho que o recado está dado. O plebiscito pode ser sim uma possibilidade de tirar o governo biônico e ilegítimo.”

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