SINPRO ABC e professores participam da grande marcha em defesa da democracia e contra o impeachment no dia 31 em Brasília

No dia 31 de março (quinta-feira) será realizada uma grande marcha em Brasília, marcando o Dia Nacional de Mobilização, além de manifestações em várias cidades do país. A iniciativa é da Frente Brasil Popular, da qual a Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), faz parte, e da Frente Povo Sem Medo.

O Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO), como membro atuante da CONTEE, também estará presente na marcha para defender a democracia.

Os principais eixos da mobilização são: contra a reforma da previdência; contra a privatização da Petrobras; em defesa do pré-sal; não a lei antiterrorismo; contra a criminalização dos movimentos sociais; não ao ajuste fiscal e aos cortes nos investimentos sociais; em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores; fora Cunha!; contra o impeachment.

A concentração para a atividade na Capital Federal será no estacionamento do estádio Mané Garrincha.

Confira a convocatória: http://frentebrasilpopular.org.br/system/uploads/action_file_version/4ce5ca0a774f19989b5db64739555ff2/file/carta-convocatoria-dia-31.pdf

Pedro Zambarda*, do Diário do Centro do Mundo

O paulistano Paulo Antônio Skaf, de 60 anos, foi empresário do ramo têxtil graças ao pai. É presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) desde 2004.

Sua influência se estende ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), ao Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP) e ao Instituto Roberto Simonsen (IRS) e ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Embora seja presidente de uma federação no setor, Paulo Skaf não é proprietário de nenhuma indústria relevante. De acordo com jornalistas que cobrem o segmento de negócios, ele faliu a companhia fundada pelo pai e hoje só tem 1% de participação no Grupo Paramount Têxteis, de Fuad Mattar.

Suas poucas experiências de sucesso incluem passagens pelo Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil) e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) duas vezes. A trajetória pouco robusta o distancia de Horácio Klabin, que fundou uma das maiores empresas brasileiras de papel e celulose até morrer em 1996 com 78 anos, e de Benjamin Steinbruch, que fez parte da privatização parcial da Vale e se tornou acionista majoritário da CSN.

A mediocridade de Paulo Skaf no ramo empresarial se reflete em sua carreira política tardia.

Entrou no PSB em 2009, candidatou-se a governador no ano seguinte e obteve mais de um milhão de votos defendendo mensalidades para universidades públicas dentro de um partido, ao menos no nome, socialista.

A convite de Michel Temer, que havia acabado de se tornar o vice de Dilma, entrou no PMDB e tentou o governo contra Geraldo Alckmin. Perdeu, mas conquistou 4,5 milhões de votos.

Nas últimas eleições para o governo, ele não sabia explicar como dispunha de um helicóptero. O filho de Skaf, André, tentou construir um aeroporto privado em Parelheiros, no extremo sul de São Paulo, numa Zona Especial de Preservação Ambiental (Zepam). Em 2014, a prefeitura de Fernando Haddad barrou a iniciativa.

Fiesp, Sesi e Senai são bases que dão poder a Skaf em suas disputas eleitorais. Ele estruturou a máquina dessas instituições de modo que os funcionários são tratados como seu gado eleitoral. As táticas de mobilização forçada envolvem as três entidades.

A primeira consiste em “convidar” diretores e funcionários a participar da campanha eleitoral dele em postos estratégicos. A inclusão de membros da Fiesp obviamente gera benefícios.

As mesmas entidades ajudam Skaf com a distribuição de material de campanha dentro das escolas de São Paulo. A Fiesp já investiu, por exemplo, mais de R$ 10 milhões no reforço de ensino em uma cidade no interior de São Paulo.

A última iniciativa de PS é a campanha do “pato”, contra a implantação da CPMF defendida pelo governo Dilma. Em 2014, Paulo Skaf declarava-se aliado da presidente. Hoje pede a renúncia.

Depois do vazamento dos grampos de Sergio Moro sobre Lula e Dilma, no dia 16 de março, Skaf enviou uma mensagem no celular a um grupo de altos executivos. Dizia o seguinte: “Vocês devem apoiar o movimento pela renúncia da presidente Dilma!”

Numa reação em cadeia, isso foi passado adiante para os demais departamentos.

O uso ideológico da máquina da Fiesp feito por Paulo Skaf gera, atualmente, uma insatisfação de empregados que não querem colocar suas opiniões políticas junto com suas funções de trabalho. E há também incômodos em outras instâncias.

“Não é só os diretores e funcionários que ficam contrariados. Há outros grupos vinculados à Fiesp insatisfeitos. A Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo é contra muitos dos posicionamentos. Mas a pressão dele prevalece”, disse a fonte.

A Avenida Paulista está fechada há cerca de 24 horas por manifestantes antipetistas que já agrediram um casal e um rapaz que andava de mochila vermelha. Entre os gritos de “renuncia Dilma”, a agressividade dá combustível para palavrões e truculência gratuita.

Nunca uma avenida dessa importância teve carros bloqueados pela Polícia Militar de Geraldo Alckmin por tanto tempo sem tiro, porrada ou bomba. Justo a mesma PM que agride estudantes e esquerdistas. E nenhuma notícia relevante sobre trânsito se vê na imprensa.

E a Fiesp de Skaf serviu filé mignon num almoço para os líderes anti-Dilma nesta quinta-feira (17). Skaf é um pato da espécie dos oportunistas.

*Pedro Zambarda é jornalista.

A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP) elaborou uma ação para ser aplicada à foto de perfil do Facebook. Conhecido como ‘twibbon’, essa pequena imagem tem sido usada para divulgar ações ou causas pelas redes sociais. Vocês já devem ter reparado em algumas delas: não à redução da maioridade penal, legalização do aborto, o pré-sal é do Brasil etc.

Então, FEPESP resolveu criar uma para a Campanha Salarial 2016! A ideia é de que os sindicatos mudem suas imagens nas páginas oficiais, que os dirigentes em seus perfis pessoais também o façam e que estimulemos a categoria a aderir ao movimento. Mas não só: alunos, pais e amigos que apoiem a causa também! Assim, estaremos divulgando que estamos em campanha! Ontem, quando mudamos o logo da Federação, percebemos uma grande movimentação.

Para mudar a foto, é só entrar neste link: http://bit.ly/1T5niBj. O procedimento é bem simples.

A saúde financeira das instituições de ensino é um dos muitos assuntos transformados em argumentos durante uma campanha salarial. Em um cenário de crise econômica, as finanças dos patrões são colocadas à mesa logo na primeira rodada de negociação.

No entanto, a crise sentida no bolso do professor e da professora pode não ser a mesma que toca o setor financeiro de um grande segmento como é o Ensino Superior privado. Em matéria do jornal Valor Econômico da última semana, dados apontam que, apesar da recessão e da redução do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), a Kroton faturou quase 40% mais em 2015. Dentre as razões apontadas pelo presidente do grupo, estão a junção de alunos de diferentes cursos em uma mesma sala e as sinergias da fusão com a Anhanguera.

Sendo o professor o ator imprescindível da prática educacional, é incoerente que reduções nas verbas dos docentes sejam a primeira prática adotada para manter o equilíbrio nas finanças. Não deveriam nem ser cogitadas. Entretanto, não é bem assim que acontece.

No ano passado, a FEPESP encomendou um estudo sobre as finanças de grandes grupos educacionais do Ensino Superior privado. Impulsionados por fusões e altas das mensalidades, o que se viu em relação às verbas dos docentes foi justamente o oposto: os gastos com os professores diminuíram. O estudo foi divulgado em julho de 2015 pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O assunto foi abordado no “Diálogos FEPESP”, que contou com a presença de Oscar Malvessi, professor da FGV e consultor em administração de empresas, José Roberto de Toledo, jornalista e coordenador do Estadão Dados, e Celso Napolitano, presidente da Federação.

Confira o vídeo abaixo:

http://www.fepesp.org.br/ensino-superior/noticias/estudo-da-fepesp-trata-da-relacao-entre-financas-dos-grandes-grupos-educacionais-e-verbas-dos-docentes

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