Os participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014 já podem consultar suas notas no site do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação) e responsável pela aplicação do exame.

Mais de 6,1 milhões de candidatos fizeram as provas do Enem 2014. Os candidatos devem acessar o endereço http://sistemasenem2.inep.gov.br/resultadosenem/.

Confira a nota do Enem 2014 no site

Para acessar os resultados, o estudante precisa informar seu CPF e a senha cadastrada durante o período de inscrição. Caso tenha perdido a senha é possível recuperá-la no sistema. O boletim apresenta o desempenho do candidato nas quatro provas objetivas (linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza), além da nota de redação.

A escala de notas do Enem vai de 0 a 1.000 e para o cálculo não é levado em conta apenas o número de acertos -- a nota é calculada pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). De forma prática, uma pergunta que teve baixo índice de acertos é considerada difícil e, por isso, tem mais "peso" na pontuação final. Já aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como fáceis e contam menos pontos na nota final do candidato. Um inscrito nunca vai tirar zero no Enem porque existem notas mínimas – que nunca partem do zero – e máximas para cada área do conhecimento.

Com os resultados do Enem, os inscritos podem concorrer a vagas nas universidades federais que integram o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), a bolsas do Prouni (Programa Universidade para Todos), a financiamentos do Fies (Programa de Financiamento Estudantil), além de poder usar a nota em diversos processos seletivos. A nota também pode ser utilizada para participação do programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras.

Interessados em certificação do ensino médio podem utilizar a nota da prova para tal finalidade. Segundo o MEC, o inscrito na prova precisa obter nota mínima de 450 pontos em cada uma das áreas do conhecimento e 500 pontos na redação.

Fonte: MEC

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, foi reconduzida nessa terça (13) ao cargo. Durante a cerimônia, ela citou desafios como a consolidação da política de gestão transversal, ampliação do espaço de participação democrática e o fim da violência gerada pela intolerância e pelo preconceito.

“Fizemos muito, mas é por isso que temos mais desafios. Porque só tem desafio quem faz”, disse. A ministra também prometeu entregar este ano casas da Mulher Brasileira em 12 capitais. Cada unidade contará com instrumentos como delegacias especializadas de atendimento à mulher, juizados e varas, defensorias e promotorias, além de brinquedoteca e espaço de convivência.

Outra promessa anunciada pela ministra é ampliação da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) e sua integração a serviços de emergência como o 190 e 193.

Eleonora Menicucci elogiou iniciativas como o Programa Nacional de Atendimento Integral à Saúde da Mulher, mas ressaltou que as ações não devem se limitar à gestação, ao parto e ao puerpério. “É muito mais que isso. É garantir direitos sexuais e reprodutivos”, explicou.

A ministra lembrou, ainda, a aprovação da emenda constitucional conhecida como PEC das Domésticas, que garante direitos trabalhistas à categoria. Ela prometeu “batalhar” no Congresso Nacional para finalizar o projeto de regulamentação.

Fonte; CUT

Há duas semanas no cargo, o ministro da Educação, Cid Gomes, estuda a criação do programa chamado por ele de Diretor Principal, para estimular o trabalho dos dirigentes das escolas do País. Segundo o ministro, que falou ao jornal na quarta-feira, 14, antes de embarcar para o Ceará, onde deve tratar de problemas pessoais, o novo projeto deverá ser apresentado à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias para ser implementado em curto prazo.

"O ideal é que tivesse todos os professores com mesmo padrão de conhecimento e salarial. Tenho estudado alguns projetos que estabelecem que a sala de aula tenha no máximo 40 alunos para um professor. E com um diretor de escola coordenando 20 professores. Acho que dá para fazer isso no curto prazo. O programa pode ser chamado de Diretor Principal", afirmou o ministro, que comandou o Estado do Ceará nos últimos oito anos antes de ingressar na equipe do governo petista. "Sou executivo. O ministério não é para ficar pensando, mas para agir."

Fies

A pedido do ministro, o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa, deve se reunir nesta quinta-feira, 15, em Brasília com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para discutir a situação do programa de Financiamento Estudantil (Fies). Inicialmente, a reunião contaria com a presença do próprio Cid Gomes.

O pedido do encontro ocorre seis dias depois de o governo federal publicar decreto em que estabeleceu o corte de 33% em relação ao valor previsto na Lei Orçamentária Anual de 2015. Com isso, o bloqueio mensal de gastos do governo ficou em R$ 1,9 bilhão, segundo o Ministério do Planejamento. Por sua vez, a redução nas despesas da Educação chega a R$ 7,044 bilhões.

No ano passado, de acordo com dados do MEC, 731 mil contratos foram realizados com o Fies, o que correspondeu a um desembolso de R$ 9 bilhões por parte do governo. A expectativa é de que, neste ano, o número salte para algo em torno de 2 milhões de contratos e o volume de desembolso fique em R$ 12 bilhões.

O ministro também falou sobre os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que apontaram que a média dos alunos concluintes do ensino médio registrou uma queda de 7,3% em Matemática e 9,7% em Redação em 2014.

Segundo Cid Gomes, a ideia é divulgar os resultados da área para que se tenha discussões em torno dos principais problemas do setor. "A minha meta é ter mais avaliação, mais divulgação. E não pode ter politicagem." Ele defendeu ainda colocar em discussão a possibilidade de utilizar o Enem como um referencial da qualidade das escolas do ensino médio.

Matéria Jornal O Estado de São Paulo

O coordenador de atendimento sindical do Dieese, Airton Santos, afirmou à Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (14) que as mudanças propostas pelo governo federal por meio das Medidas Provisórias 664 e 665, que abarcam uma série de temas relacionados à seguridade social e alteraram regras em relação à pensão por morte, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, abono salarial e seguro-desemprego, entre outras, são preocupantes para os trabalhadores.

As medidas são justificadas pelo governo para se coibir desvios e fraudes que estariam onerando os cofres da Previdência Social. Em relação ao seguro-desemprego, a regra anterior previa que após seis meses de contribuição ao INSS, o trabalhador demitido sem justa causa teria direito de receber o beneficio. Agora, para ter acesso ao benefício, o trabalhador precisa estar empregado por no mínimo 18 meses.

O coordenador do Dieese chama a atenção para a alteração no seguro-desemprego em um contexto de alta rotatividade. "Em determinados setores e segmentos econômicos da produção, a rotatividade é de 100% ao ano. Na construção civil, por exemplo, é tremenda. Mesmo na indústria, a rotatividade é de pelo menos 30% ao ano. Nos serviços, é de 70%. Essa é uma característica perversa do mercado de trabalho brasileiro."

"Não é vontade do trabalhador ser dispensado antes dos 18 meses, ele é mandado embora", disse Santos, ressaltando que o jovem é o mais afetado, pois, além da dificuldade em conseguir se inserir no mercado, faz parte do grupo que mais roda.

"É uma parcela vulnerável nesse sentido. O seguro-desemprego acudia suas necessidades financeiras até conseguir colocação no mercado novamente. Isso não vai acontecer mais", lamenta, apontando para o risco social em se deixar os jovens sem a assistência. "Essa medida vem no sentido de economizar, mas é realizada às custas do sacrifício da pirâmide social. Parece que para o topo da pirâmide não sobrou nada ainda", alerta Airton.

Outro ponto destacado pelo coordenador é que as medidas não foram negociadas com os representantes dos trabalhadores. "Foram baixadas as medidas provisórias sem falar com as centrais sindicais, sem nenhum diálogo. Se existem abusos e malversação, que se fiscalize e se coíba de fato."

Santos apresenta ainda uma alternativa: "Pode-se eventualmente até aceitar essa medida, desde que o país acate a Convenção 158 da OIT, que versa sobre demissões imotivadas. Não seriam dispensados a torto e a direita, como ocorre".

Fonte: CUT

O debate sobre a qualidade da educação escolar ganhou maior destaque nas últimas décadas com as políticas de avaliação externa que favoreceram sua associação, ainda que com nuanças, ao desempenho em provas padronizadas, fenômeno, também, verificado em escala mundial. Ainda que na literatura da área qualidade seja um conceito extremamente complexo e controvertido.

No Brasil, as iniciativas de avaliação externa foram fortalecidas nos anos 1990 com a criação, pelo governo federal, do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com a aplicação bienal de questionários e provas padronizadas de leitura e resolução de problemas, de caráter amostral. Em 2005, Saeb foi desdobrado na Prova Brasil, de caráter censitário, e na Aneb, que praticamente manteve as mesmas características anteriores do Saeb, mas incidindo, de forma amostral, em escolas privadas de ensino fundamental e em escolas públicas e privadas de ensino médio. Em 2012, tivemos novo desdobramento com a criação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) para alunos do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas, de forma censitária. Apesar de algumas características específicas, pode-se sustentar que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tornou-se um tipo de avaliação externa de redes e escolas.

Em 2007, foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), como indicador de qualidade da educação de redes e escolas, numa escala de 0 a 10, em cujos cálculos são integrados os resultados do Saeb e as taxas de aprovação, com o estabelecimento de metas a serem alcançadas. Isso, especialmente, colocou o debate sobre a qualidade da educação em outro patamar, pois, de um lado, favoreceu processos de responsabilização de equipes escolares pelos resultados de suas escolas com as consequentes pressões sobre o trabalho dessas equipes com vistas à suposta melhoria da qualidade do ensino.

Contudo, por outro lado, numa análise cuidadosa sobre as tensões e as potencialidades das avaliações externas para o cotidiano das unidades educacionais, se os objetos das avaliações externas – frequentemente, desempenho em leitura e resolução de problemas – não resumem "a" qualidade da escola, porém, são elementos relevantes e pertinentes no processo escolar.

Assim, é possível considerar alguns nexos entre o Ideb e a qualidade do trabalho escolar, pois, embora sua concepção de qualidade seja reducionista, por não contemplar outros aspectos relevantes do processo pedagógico, algumas potencialidades podem ser sublinhadas, quer por facilitar uma apreensão, mesmo que parcial, da realidade educacional brasileira, aí destacadas suas escolas, quer, sobretudo, por articular dois elementos que há muito tempo parecem ser antagônicos: aprovação e desempenho acadêmico.

Nessa perspectiva, seria necessário compreender a avaliação dotando-a de finalidades vinculadas à avaliação institucional e aos desafios de aprendizagem, no que se concentraria sua verdadeira dimensão política. Um processo de escolarização que se pretenda democrático e inclusivo, certamente, deverá incorporar práticas avaliativas pautadas por garantir que, no limite, todos aprendam tudo. Principalmente, quando nos reportamos ao ensino fundamental, etapa obrigatória, assim fixada para que a ninguém seja dado o direito de se excluir de conhecimentos considerados indispensáveis, inclusive para o garantia de outros direitos. Desse modo, se o Ideb não diz tudo sobre a qualidade das escolas e redes de ensino, o que diz não é desprezível. Exatamente onde situá-lo nas políticas educacionais, eis um debate aberto.

Ocimar Munhoz Alavarse

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Os concluintes do ensino médio tiveram queda de 7,3% no desempenho na prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 em relação à de 2013. Em redação, o desempenho piorou 9,7%, segundo dados divulgados hoje (13) pelo Ministério da Educação (MEC). Do total de 6.193.565 candidatos que fizeram as provas, em novembro do ano passado, 1.485.320 concluíram o ensino médio no final do ano. Nas demais disciplinas avaliadas no Enem, houve melhora de 5,4% em ciências humanas, de 2,3% em ciências da natureza e de 3,9% em linguagens e códigos.

O MEC e Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda não têm uma avaliação clara do porquê da piora. Segundo o ministro da Educação, Cid Gomes, cabe à academia analisar os dados.

Gomes disse que pretende discutir a utilização dos resultados no Enem na elaboração de políticas públicas para o ensino médio. A intenção é incluir o Enem como parte dos indicadores, junto com avaliações como a Prova Brasil, a cada dois anos. "Não dá para fugir, tentar camuflar. Não dá para dizer que o ensino público brasileiro é bom, está muito aquém do desejável", afirmou o ministro.

A chamada Média ProUni, calculada sobre a soma de todas as notas das provas e da redação, dividida por cinco, foi 499 em 2014 e 504,3 em 2013 para os concluintes do ensino médio - uma queda, portanto, de 1%. Esse percentual foi considerado estável pelo ministro. A Média ProUni da rede federal foi 588,8; da estadual, 477,7; da municipal, 494,8; e da privada, 556,7.

O MEC disponibilizou as médias dos concluintes por tipo de escola e por nível socioecômico. Os estudantes foram divididos em sete níveis socioecnômicos, que vão de muito baixo a muito alto. Comparado o desempenho em um mesmo nível, os estudantes de escolas federais tiveram melhor desempenho, seguidos pelos de instituições particulares e pelas públicas estaduais e municipais.

Entre os estudantes de nível socioeconômico muito baixo, as médias foram 487,1 nas federais, 446,4 nas privadas e 429,4 nas demais públicas. No nível muito alto, as médias foram 626,5 nas federais, 624,4 nas privadas e 618,3 nas demais públicas.

Incluindo-se todos os candidatos, a Média ProUni foi 496,9 no exame. Em ciências humanas, a média de desempenho foi 546,5; em ciências da natureza, 482,2; em linguagens e códigos, 507,9; e em matemática, 473,5. Em redação, a média de todos os candidatos foi 455,4.

As notas individuais serão divulgadas ainda hoje no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para ter acesso ao resultado, os candidatos precisarão do número de inscrição ou do CPF e da senha criada na hora da inscrição. A senha pode ser recuperada no próprio site.

Na edição de 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 997.131 estudantes inscreveram-se para a prova de certificação do ensino médio, mas apenas 631.071 compareceram à prova, em novembro, com redução de 366.060 candidatos, o equivalente a 36,7% do total. Dos que fizeram a prova, só 67.254 candidatos (10,6%) atingiram os requisitos mínimos.

A certificação do ensino médio pode ser solicitada pelos inscritos que tenham completado 18 anos. Para obtê-la, é preciso alcançar 450 pontos em cada uma das áreas do conhecimento avaliadas e 500 pontos na redação.

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, explica que a certificação pelo Enem é uma das formas para aqueles que já passaram da idade escolar. Outra é cursar o Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas. "Se aprendeu o que achar que se deve aprender, o estudante deve ser certificado. Dado hoje o desempenho típico dos alunos, se for ao Enem achando que vai ser mais fácil passar do que pela escola, isso não vai acontecer", disse.

Em 2014, mais de 6,2 milhões de estudantes fizeram o exame nos dias 8 e 9 de novembro em mais de 1,7 mil cidades. A média de todos os candidatos nas provas ficou perto do necessário para a certificação, mas, em redação, foi inferior. Em ciências humanas, a média de desempenho foi 546,5; em ciências da natureza, 482,2; em linguagens e códigos, 507,9; e em matemática, 473,5. Em redação, a média de todos os candidatos foi 455,4.

As notas individuais serão divulgadas ainda hoje no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para ter acesso ao resultado, os candidatos precisarão do número de inscrição ou do CPF - Cadastro da Pessoa Física na Receita Federal - e da senha criada na hora da inscrição. A senha pode ser recuperada no próprio site.

Fonte: Agência Brasil

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