Trabalha em duas escolas? Fique atento ao
desconto do INSS
Os salários de maio vieram reajustados em 6,5% para os professores e auxiliares de educação básica e 8% para os professores do Sesi e do Senai.
Por causa do reajuste, quem trabalha em mais de uma escola deve prestar atenção à contribuição previdenciária para que o desconto somado em todas as fontes não exceda o valor máximo, que é de R$ 430,78.
Se a remuneração em uma das escolas for igual ou superior a R$ 3.916,20, o INSS deve ser integralmente descontado sobre esse salário. A escola deve informar que faz o recolhimento integral para evitar desconto nas demais fontes. Entregue a declaração em todas as escolas.
Além de ser mais fácil de conferir, o desconto em uma única fonte favorece o trabalhador na hora da aposentadoria.
Mas se nenhum de seus salários atingir os R$ 3.916,20, a contribuição previdenciária é feita em todos os holerites. Para que o cálculo seja feito corretamente, você deve informar todas as escolas os novos salários, já reajustados.
Fonte: Fepesp
Os salários de maio vieram reajustados em 6,5% para os professores e auxiliares de educação básica e 8% para os professores do Sesi e do Senai.

Por causa do reajuste, quem trabalha em mais de uma escola deve prestar atenção à contribuição previdenciária para que o desconto somado em todas as fontes não exceda o valor máximo, que é de R$ 430,78.

Se a remuneração em uma das escolas for igual ou superior a R$ 3.916,20, o INSS deve ser integralmente descontado sobre esse salário. A escola deve informar que faz o recolhimento integral para evitar desconto nas demais fontes. Entregue a declaração em todas as escolas.

Além de ser mais fácil de conferir, o desconto em uma única fonte favorece o trabalhador na hora da aposentadoria.

Mas se nenhum de seus salários atingir os R$ 3.916,20, a contribuição previdenciária é feita em todos os holerites. Para que o cálculo seja feito corretamente, você deve informar todas as escolas os novos salários, já reajustados.

Fonte: Fepesp

Reportagem publicada no dia 25 de abril, no jornal Folha de S. Paulo, informa que faltam professores em 32% das escolas estaduais localizadas na cidade de São Paulo.
Há problemas em quase todas as disciplinas. A maior lacuna é de professores de Artes. A segunda é de Geografia, mas também é grande o número de escolas em que faltam professores de Matemática, Língua Portuguesa, História e Física.
Embora o foco da reportagem seja somente a capital, a observação de nossas subsedes indica que, por exemplo, nas cidades da Grande São Paulo a situação é semelhante, talvez até mais grave em alguns municípios.
Este é um dos resultados da política de desvalorização dos professores que vem sendo praticada no Estado de São Paulo há muitos anos, e que se intensificou a partir de 1995 com as medidas de enxugamento das despesas públicas. Considerados pelo governo como gasto e não como investimento, os recursos destinados à educação foram virtualmente congelados durante vários anos, repercutindo nas condições estruturais das escolas e nos salários e condições de trabalho dos professores.
Em dezembro de 1997, o governo estadual impôs, por meio de sua maioria na Assembleia Legislativa, um novo plano de carreira (lei complementar 836/97), que destruiu a carreira do magistério construída com a lei complementar 444/85 (elaborada com amplo debate na rede estadual de ensino). A lei 836/97 reduziu as possibilidades de evolução e progressão dos professores a poucas faixas e níveis e rebaixou os níveis salariais. Toda a categoria foi prejudicada, particularmente os aposentados e os professores em vias de se aposentar. Devido a esta lei, acumulamos grandes perdas salariais ainda não totalmente repostas.
Assim, a carreira do magistério, que já continha uma série de problemas e limitações, tornou-se menos atraente para os jovens que, na universidade, buscam formação para a carreira do magistério. Desta forma, professores licenciados em diversas disciplinas, como Química, Física, Matemática e outras, buscam profissões que lhes asseguram melhores salários, condições de trabalho e possibilidades de crescimento profissional.
Hoje temos um quadro nas escolas estaduais no qual a combinação de desvalorização profissional e salarial, falta de estrutura adequada, violência nas escolas, assédio moral e uma gestão com pouca possibilidade de participação dos professores e da comunidade escolar afasta muitos bons profissionais. Há casos de alunos recém-formados nos cursos de licenciatura que, aprovados em concurso público, abandonam a rede logo após a posse. Na rede estadual de ensino, segundo informações divulgadas em 2010 pela Folha de S. Paulo com base em dados oficiais, há cerca de 92 licenças médicas todos os meses.
Frente a isso, o que faz o governo? Impõe uma sistemática de provas de conhecimentos que não servem para efetivar os professores, mas tão somente para mantê-los nas mesmas precárias condições de contratação e de trabalho. Muitos professores, embora experientes e com muitos anos de trabalho na rede, deixam de assumir aulas no início do ano letivo por não terem obtido um bom resultado na prova. Entretanto, como faltam professores, eles acabam sendo chamados no decorrer do ano, assim como docentes que sequer participaram da prova. É a desmoralização total deste tipo de política.
A APEOESP está participando da comissão paritária de gestão da carreira, que discute a regulamentação dos novos níveis salariais criados em 2010. Temos levado à discussão múltiplas formas de evolução pela via não-acadêmica, além de novas possibilidades de promoção na carreira, que não se limitam a uma prova. No entanto, para que essas novas formas de evolução e promoção se concretizem, valorizando o trabalho coletivo na escola e contribuindo para a melhoria da qualidade da educação, é preciso que o governo implante a composição da jornada de trabalho determinada pela lei federal 11738/08 (lei do piso salarial profissional nacional), destinando no mínimo 1/3 das aulas para atividades extraclasses (horário de trabalho pedagógico coletivo e atividades em local de livre escolha).
Formação continuada no local de trabalho, em convênios com universidades públicas; salários dignos; jornada de trabalho adequada; boas condições de trabalho; fim das classes superlotadas; carreira são algumas das necessidades básicas para um ensino de qualidade nas escolas públicas estaduais. Do contrário, vão continuar faltando professores.
Maria Izabel Noronha é presidenta da APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo e membro do Conselho e do Fórum Nacional de Educação
Reportagem publicada no dia 25 de abril, no jornal Folha de S. Paulo, informa que faltam professores em 32% das escolas estaduais localizadas na cidade de São Paulo.

Há problemas em quase todas as disciplinas. A maior lacuna é de professores de Artes. A segunda é de Geografia, mas também é grande o número de escolas em que faltam professores de Matemática, Língua Portuguesa, História e Física.

Embora o foco da reportagem seja somente a capital, a observação de nossas subsedes indica que, por exemplo, nas cidades da Grande São Paulo a situação é semelhante, talvez até mais grave em alguns municípios.

Este é um dos resultados da política de desvalorização dos professores que vem sendo praticada no Estado de São Paulo há muitos anos, e que se intensificou a partir de 1995 com as medidas de enxugamento das despesas públicas. Considerados pelo governo como gasto e não como investimento, os recursos destinados à educação foram virtualmente congelados durante vários anos, repercutindo nas condições estruturais das escolas e nos salários e condições de trabalho dos professores.

Em dezembro de 1997, o governo estadual impôs, por meio de sua maioria na Assembleia Legislativa, um novo plano de carreira (lei complementar 836/97), que destruiu a carreira do magistério construída com a lei complementar 444/85 (elaborada com amplo debate na rede estadual de ensino). A lei 836/97 reduziu as possibilidades de evolução e progressão dos professores a poucas faixas e níveis e rebaixou os níveis salariais. Toda a categoria foi prejudicada, particularmente os aposentados e os professores em vias de se aposentar. Devido a esta lei, acumulamos grandes perdas salariais ainda não totalmente repostas.

Assim, a carreira do magistério, que já continha uma série de problemas e limitações, tornou-se menos atraente para os jovens que, na universidade, buscam formação para a carreira do magistério. Desta forma, professores licenciados em diversas disciplinas, como Química, Física, Matemática e outras, buscam profissões que lhes asseguram melhores salários, condições de trabalho e possibilidades de crescimento profissional.

Hoje temos um quadro nas escolas estaduais no qual a combinação de desvalorização profissional e salarial, falta de estrutura adequada, violência nas escolas, assédio moral e uma gestão com pouca possibilidade de participação dos professores e da comunidade escolar afasta muitos bons profissionais. Há casos de alunos recém-formados nos cursos de licenciatura que, aprovados em concurso público, abandonam a rede logo após a posse. Na rede estadual de ensino, segundo informações divulgadas em 2010 pela Folha de S. Paulo com base em dados oficiais, há cerca de 92 licenças médicas todos os meses.

Frente a isso, o que faz o governo? Impõe uma sistemática de provas de conhecimentos que não servem para efetivar os professores, mas tão somente para mantê-los nas mesmas precárias condições de contratação e de trabalho. Muitos professores, embora experientes e com muitos anos de trabalho na rede, deixam de assumir aulas no início do ano letivo por não terem obtido um bom resultado na prova.

Entretanto, como faltam professores, eles acabam sendo chamados no decorrer do ano, assim como docentes que sequer participaram da prova. É a desmoralização total deste tipo de política.

A APEOESP está participando da comissão paritária de gestão da carreira, que discute a regulamentação dos novos níveis salariais criados em 2010. Temos levado à discussão múltiplas formas de evolução pela via não-acadêmica, além de novas possibilidades de promoção na carreira, que não se limitam a uma prova. No entanto, para que essas novas formas de evolução e promoção se concretizem, valorizando o trabalho coletivo na escola e contribuindo para a melhoria da qualidade da educação, é preciso que o governo implante a composição da jornada de trabalho determinada pela lei federal 11738/08 (lei do piso salarial profissional nacional), destinando no mínimo 1/3 das aulas para atividades extraclasses (horário de trabalho pedagógico coletivo e atividades em local de livre escolha).

Formação continuada no local de trabalho, em convênios com universidades públicas; salários dignos; jornada de trabalho adequada; boas condições de trabalho; fim das classes superlotadas; carreira são algumas das necessidades básicas para um ensino de qualidade nas escolas públicas estaduais. Do contrário, vão continuar faltando professores.

Maria Izabel Noronha é presidenta da APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo e membro do Conselho e do Fórum Nacional de Educação

Site reúne aulas gratuitas de universidades de todo o mundo
No ar há dois meses, o portal www.veduca.com.br reúne aulas das maiores universidades do mundo, em um só local, e já abriga 4.700 vídeo-aulas, grande parte traduzida para o português, com conteúdos de Stanford, MIT (Massachusetts Institute of Technology), NYU (New York University), Columbia, Michigan, Harvard, UCLA (Universidade da California, Los Angeles), Yale, Princeton, Berkeley e a australiana, UNSW, (University of New South Wales).
Outra novidade oferecida é a correlação entre notícias atuais e as vídeo-aulas. No portal, é possível ler matérias de importantes jornais e, em seguida, assistir aulas sobre o mesmo tema, que possam esclarecer e contextualizar a informação. Além disso, um campo de busca ajuda o usuário a achar temas específicos. Ao digitar, por exemplo, “Freud”, o portal remete a todas as vídeo-aulas que falam sobre o psicanalista, no momento exato em que ele é citado.
A ideia é que, até o final de 2012, mais da metade das vídeo-aulas esteja traduzida ao português e que, em 2013, todos elas sejam legendadas. O portal conta com a ajuda de voluntários, que fazem a legendagem dos vídeos de forma colaborativa, por meio de uma ferramenta disponível no site. As legendas são revisadas por especialista antes de serem publicadas.
Fonte: O Aprendiz
No ar há dois meses, o portal www.veduca.com.br reúne aulas das maiores universidades do mundo, em um só local, e já abriga 4.700 vídeo-aulas, grande parte traduzida para o português, com conteúdos de Stanford, MIT (Massachusetts Institute of Technology), NYU (New York University), Columbia, Michigan, Harvard, UCLA (Universidade da California, Los Angeles), Yale, Princeton, Berkeley e a australiana, UNSW, (University of New South Wales).

Outra novidade oferecida é a correlação entre notícias atuais e as vídeo-aulas. No portal, é possível ler matérias de importantes jornais e, em seguida, assistir aulas sobre o mesmo tema, que possam esclarecer e contextualizar a informação. Além disso, um campo de busca ajuda o usuário a achar temas específicos. Ao digitar, por exemplo, “Freud”, o portal remete a todas as vídeo-aulas que falam sobre o psicanalista, no momento exato em que ele é citado.

A ideia é que, até o final de 2012, mais da metade das vídeo-aulas esteja traduzida ao português e que, em 2013, todos elas sejam legendadas. O portal conta com a ajuda de voluntários, que fazem a legendagem dos vídeos de forma colaborativa, por meio de uma ferramenta disponível no site. As legendas são revisadas por especialista antes de serem publicadas.

Fonte: O Aprendiz

Trabalho do estagiário deve ser acompanhado por um professor responsável
O estágio docente é um momento importante na formação do professor, pois permite uma vivência inicial da prática pedagógica, com o olhar crítico ainda fresco da academia. Nesse momento, o estudante de licenciatura pode confrontar teoria e prática e perceber os limites que existem entre as duas.
Estabelecido pela LDB, tradicionalmente o estágio em sala de aula adquire duas formas principais: a observação e a regência. A primeira é mais simples e é, geralmente, pré-requisito mínimo dos programas de estágio; já a segunda normalmente funciona como processo final do programa de estágio e é o momento em que o futuro professor ministra uma ou mais aulas sob a supervisão do professor da turma, dentro dos limites do projeto pedagógico da escola e de acordo com o planejamento curricular daquele docente.
Infelizmente nem sempre é possível ao estagiário realizar o estágio de regência devido à falta de espaço nos calendários escolares ou de programação para tal, além de várias outras questões; o que leva a maioria dos nossos mestres a “aprender na prática”, ou seja, a experimentar a sala de aula no momento em que substituem colegas, ou mesmo quando assumem aulas efetivas. É fácil encontrar entre os docentes histórias sobre a “prova de fogo” a que foram submetidos logo no início de sua vida profissional.
A nova lei de estágio estipula que essa atividade deve ser considerada “ato educativo escolar”, entretanto a maioria das empresas, incluindo as de educação, encara esse momento como uma forma de utilizar mão de obra barata. Logo, elas enchem o estagiário de encargos, muitas vezes repetitivos e monótonos, e pouco se importam com o processo educativo do futuro profissional.
Em algumas escolas particulares isso ocorre quando o estagiário de licenciatura é colocado para fazer serviços de secretaria, correções de provas ou atividades, aulas de reforço, plantões de dúvida ou aulas de recuperação; neste último caso, os estagiários são muitas vezes coagidos a reger aulas sem o acompanhamento presencial de um professor formado. Isto, além de descaracterizar a validade do processo de recuperação, revela o descompromisso da instituição com a própria educação, pois não é raro que a exposição do estagiário aos momentos menos “agradáveis” da profissão docente, como os encargos burocráticos ou o trabalho com alunos desinteressados, não raro leva à desistência da carreira. Além disso, o uso indiscriminado do trabalho dos estagiários reduz a oferta de vagas para professores e profissionais de secretaria, podendo levar, dependendo do caso, a demandas trabalhistas importantes.
Não é exagero dizer, portanto, que a forma como a instituição de ensino utiliza o estágio docente é o melhor termômetro de seu real compromisso com a educação.
Trabalho do estagiário deve ser acompanhado por um professor responsável

O estágio docente é um momento importante na formação do professor, pois permite uma vivência inicial da prática pedagógica, com o olhar crítico ainda fresco da academia. Nesse momento, o estudante de licenciatura pode confrontar teoria e prática e perceber os limites que existem entre as duas.

Estabelecido pela LDB, tradicionalmente o estágio em sala de aula adquire duas formas principais: a observação e a regência. A primeira é mais simples e é, geralmente, pré-requisito mínimo dos programas de estágio; já a segunda normalmente funciona como processo final do programa de estágio e é o momento em que o futuro professor ministra uma ou mais aulas sob a supervisão do professor da turma, dentro dos limites do projeto pedagógico da escola e de acordo com o planejamento curricular daquele docente.

Infelizmente nem sempre é possível ao estagiário realizar o estágio de regência devido à falta de espaço nos calendários escolares ou de programação para tal, além de várias outras questões; o que leva a maioria dos nossos mestres a “aprender na prática”, ou seja, a experimentar a sala de aula no momento em que substituem colegas, ou mesmo quando assumem aulas efetivas. É fácil encontrar entre os docentes histórias sobre a “prova de fogo” a que foram submetidos logo no início de sua vida profissional.

A nova lei de estágio estipula que essa atividade deve ser considerada “ato educativo escolar”, entretanto a maioria das empresas, incluindo as de educação, encara esse momento como uma forma de utilizar mão de obra barata. Logo, elas enchem o estagiário de encargos, muitas vezes repetitivos e monótonos, e pouco se importam com o processo educativo do futuro profissional.

Em algumas escolas particulares isso ocorre quando o estagiário de licenciatura é colocado para fazer serviços de secretaria, correções de provas ou atividades, aulas de reforço, plantões de dúvida ou aulas de recuperação; neste último caso, os estagiários são muitas vezes coagidos a reger aulas sem o acompanhamento presencial de um professor formado. Isto, além de descaracterizar a validade do processo de recuperação, revela o descompromisso da instituição com a própria educação, pois não é raro que a exposição do estagiário aos momentos menos “agradáveis” da profissão docente, como os encargos burocráticos ou o trabalho com alunos desinteressados, não raro leva à desistência da carreira.

Além disso, o uso indiscriminado do trabalho dos estagiários reduz a oferta de vagas para professores e profissionais de secretaria, podendo levar, dependendo do caso, a demandas trabalhistas importantes.

Não é exagero dizer, portanto, que a forma como a instituição de ensino utiliza o estágio docente é o melhor termômetro de seu real compromisso com a educação.

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