O MEC (Ministério da Educação) determinou a suspensão dos vestibulares de 68 cursos de graduação de 40 faculdades públicas e privadas de todo o Estado.
Eles foram considerados insatisfatórios do ponto de vista de infraestrutura e qualificação de professores.
A lista com 200 cursos de 551 instituições de todo o país foi publicada ontem no "Diário Oficial da União".
A relação traz os cursos que tiveram índice insatisfatório no CPC (Conceito Preliminar de Curso).
O CPC é um mecanismo de avaliação das instituições. Ele leva em conta a preparação dos estudantes, infraestrutura do curso e qualificação e dedicação dos professores.
Resposta
A Fiar disse que não foi notificada formalmente pelo MEC, mas que vem melhorando e quem se matriculou não terá problemas.
A Fatep afirma que se surpreendeu com resultado e que contratou professores com mestrado e doutorado e melhorou a estrutura.
O UniSalesiano Araçatuba diz que recebeu notas acima de 3 e que não se enquadra neste caso. A Faculdade Anhanguera de São Caetano afirma que tem um plano de melhorias e que irá cumprir as exigências do MEC.
Já a Anhanguera de Santo André (antiga Unia) diz que o resultado não reflete a qualidade do curso e que irá recorrer.
A Iesa reconhece que o curso mal avaliado não teve o rendimento esperado, mas que os alunos já matriculados seguirão com aulas.
A Uniban diz que a prova foi aplicada em novembro de 2011, dois meses após a aquisição da universidade pelo Grupo Anhanguera Educacional e, portanto, refletem os resultados da antiga gestão, mas que tem plano de melhorias.
A UniSantana explica que os cursos da lista já foram reavaliados e estão em processo de reestruturação. A Metodista disse que aguarda notificação para se pronunciar.
Já a Unib analisa o caso. A Unip afirma que teve apenas 1,1% de cursos com resultados insatisfatórios.
A Dom Pedro diz que irá cumprir o protocolo de metas. As demais instituições não responderam.
O MEC (Ministério da Educação) determinou a suspensão dos vestibulares de 68 cursos de graduação de 40 faculdades públicas e privadas de todo o Estado.

Eles foram considerados insatisfatórios do ponto de vista de infraestrutura e qualificação de professores.

A lista com 200 cursos de 551 instituições de todo o país foi publicada ontem no "Diário Oficial da União".

A relação traz os cursos que tiveram índice insatisfatório no CPC (Conceito Preliminar de Curso).

O CPC é um mecanismo de avaliação das instituições. Ele leva em conta a preparação dos estudantes, infraestrutura do curso e qualificação e dedicação dos professores.

Resposta
A Fiar disse que não foi notificada formalmente pelo MEC, mas que vem melhorando e quem se matriculou não terá problemas.

A Fatep afirma que se surpreendeu com resultado e que contratou professores com mestrado e doutorado e melhorou a estrutura.

O UniSalesiano Araçatuba diz que recebeu notas acima de 3 e que não se enquadra neste caso. A Faculdade Anhanguera de São Caetano afirma que tem um plano de melhorias e que irá cumprir as exigências do MEC.

Já a Anhanguera de Santo André (antiga Unia) diz que o resultado não reflete a qualidade do curso e que irá recorrer.

A Iesa reconhece que o curso mal avaliado não teve o rendimento esperado, mas que os alunos já matriculados seguirão com aulas.

A Uniban diz que a prova foi aplicada em novembro de 2011, dois meses após a aquisição da universidade pelo Grupo Anhanguera Educacional e, portanto, refletem os resultados da antiga gestão, mas que tem plano de melhorias.

A UniSantana explica que os cursos da lista já foram reavaliados e estão em processo de reestruturação. A Metodista disse que aguarda notificação para se pronunciar.

Já a Unib analisa o caso. A Unip afirma que teve apenas 1,1% de cursos com resultados insatisfatórios.

A Dom Pedro diz que irá cumprir o protocolo de metas. As demais instituições não responderam.

Fonte: Jornal Agora

O MEC (Ministério da Educação) listou seis cursos de quatro instituições de ensino do Grande ABC entre os 207 que tiveram desempenho considerado insatisfatório na avaliação do órgão por meio do CPC (Conceito Preliminar de Curso) em 2008 e 2011. Eles obtiveram índice 2 na escala, que vai de 1 a 5. Com isso, terão o vestibular para vagas do ano que vem suspenso.
Na região, dois deles tiveram leve evolução entre 2008 e 2011 e foram incluídos na lista dos que têm tendência positiva. Neste caso, os centros de ensino terão 60 dias para corrigir problemas no corpo docente e 180 dias para realizar melhorias estruturais.
Os demais cursos integram listagem com tendência negativa de desempenho e estão impedidos de abrir turmas até que a nota volte a ser considerada adequada pelo MEC. Com isso, os alunos que já prestaram vestibular e foram aprovados terão de ser transferidos para outras instituições.
Na listagem dos cursos que tiveram tendência negativa, todos são voltados à área da computação. A Universidade Metodista de São Paulo está impedida de abrir vestibular para Computação (Engenharia de Computação) e Tecnologia em Redes de Computadores, enquanto na Iesa (Instituto de Ensino Superior Santo André), do Grupo Uniesp, e na Fundação Santo André não haverá vestibular para o curso de Computação (Sistemas de Informação).
Estão incluídos na lista dos que têm prazo para se adequar dois cursos do Grupo Anhanguera - Tecnologia em Fabricação Mecânica pela UniA e Computação (Sistemas de Informação) pela Fascs (Faculdade de São Caetano do Sul).
As punições integram medidas de regulação anunciadas na terça-feira pelo ministro da Educação, Aloizio Mercante, com base no CPC e no IGC (Índice Geral de Cursos). Cerca de 16.903 alunos foram afetados em todo o País.
O CPC avalia o rendimento dos estudantes, além de infraestrutura e corpo docente da instituição de ensino. Na nota, o desempenho corresponde a 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos professores, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%.
OUTRO LADO
A Metodista diz que aguarda nota técnica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) para se posicionar.
A Uniesp confirmou que o curso não teve o rendimento esperado e o processo seletivo será suspenso. A instituição destacou que aguarda a visita de comissão do Inep para confirmar ou alterar o conceito obtido. Para os alunos que já cursam a graduação, as aulas seguirão normalmente.
Faculdade é obrigada a reembolsar inscrição
Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho Procon Regional do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Ana Paula Satcheki, o ensino privado se enquadra em relação de consumo e, por isso, o código de defesa do consumidor obriga as universidades que tiveram o vestibular de 2013 suspenso a reembolsar a taxa de inscrição paga pelos candidatos.
"Não há motivo para a não devolução do dinheiro se não há condições de oferecer o trabalho. O que justifica o pagamento é a prestação do serviço", explicou.
Ela orientou os alunos que prestaram o vestibular a pleitearem a devolução do dinheiro junto à universidade. Caso a instituição negue o pagamento, Ana Paula aconselha que o estudante procure o Procon.
O MEC (Ministério da Educação) listou seis cursos de quatro instituições de ensino do Grande ABC entre os 207 que tiveram desempenho considerado insatisfatório na avaliação do órgão por meio do CPC (Conceito Preliminar de Curso) em 2008 e 2011. Eles obtiveram índice 2 na escala, que vai de 1 a 5. Com isso, terão o vestibular para vagas do ano que vem suspenso.
Na região, dois deles tiveram leve evolução entre 2008 e 2011 e foram incluídos na lista dos que têm tendência positiva. Neste caso, os centros de ensino terão 60 dias para corrigir problemas no corpo docente e 180 dias para realizar melhorias estruturais.

Os demais cursos integram listagem com tendência negativa de desempenho e estão impedidos de abrir turmas até que a nota volte a ser considerada adequada pelo MEC. Com isso, os alunos que já prestaram vestibular e foram aprovados terão de ser transferidos para outras instituições.

Na listagem dos cursos que tiveram tendência negativa, todos são voltados à área da computação. A Universidade Metodista de São Paulo está impedida de abrir vestibular para Computação (Engenharia de Computação) e Tecnologia em Redes de Computadores, enquanto na Iesa (Instituto de Ensino Superior Santo André), do Grupo Uniesp, e na Fundação Santo André não haverá vestibular para o curso de Computação (Sistemas de Informação).

Estão incluídos na lista dos que têm prazo para se adequar dois cursos do Grupo Anhanguera - Tecnologia em Fabricação Mecânica pela UniA e Computação (Sistemas de Informação) pela Fascs (Faculdade de São Caetano do Sul).

As punições integram medidas de regulação anunciadas na terça-feira pelo ministro da Educação, Aloizio Mercante, com base no CPC e no IGC (Índice Geral de Cursos). Cerca de 16.903 alunos foram afetados em todo o País.

O CPC avalia o rendimento dos estudantes, além de infraestrutura e corpo docente da instituição de ensino. Na nota, o desempenho corresponde a 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos professores, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%.

Outro lado
A Metodista diz que aguarda nota técnica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) para se posicionar.
A Uniesp confirmou que o curso não teve o rendimento esperado e o processo seletivo será suspenso. A instituição destacou que aguarda a visita de comissão do Inep para confirmar ou alterar o conceito obtido. Para os alunos que já cursam a graduação, as aulas seguirão normalmente.

Faculdade é obrigada a reembolsar inscrição
Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho Procon Regional do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Ana Paula Satcheki, o ensino privado se enquadra em relação de consumo e, por isso, o código de defesa do consumidor obriga as universidades que tiveram o vestibular de 2013 suspenso a reembolsar a taxa de inscrição paga pelos candidatos.

"Não há motivo para a não devolução do dinheiro se não há condições de oferecer o trabalho. O que justifica o pagamento é a prestação do serviço", explicou.
Ela orientou os alunos que prestaram o vestibular a pleitearem a devolução do dinheiro junto à universidade. Caso a instituição negue o pagamento, Ana Paula aconselha que o estudante procure o Procon.

Fonte: Diário do Grande ABC

A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (12), durante seu programa de rádio “Café com a Presidenta”, que o país vai investir R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores, na compra de livros e na avaliação do aprendizado das crianças. O objetivo, segundo ela, é fazer com que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos. De acordo com Dilma, os 360 mil alfabetizadores do Brasil vão receber uma bolsa de R$ 200 para fazer um curso de formação e o governo vai dar prêmios em dinheiro para os professores e escolas que tiverem os melhores resultados.
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa foi lançado na semana passada. “O objetivo é fazer com que todas as crianças do nosso país sejam alfabetizadas até os 8 anos. Isso quer dizer que, com essa idade, toda criança vai ter de saber ler, escrever, interpretar um texto simples, somar e subtrair, e ter noções de multiplicar e dividir”, afirmou Dilma.
Para a presidente, a missão não é fácil. “Nós temos um imenso desafio pela frente, porque, hoje, 15% das nossas crianças com 8 anos não conseguem interpretar um texto ou fazer as contas básicas. Por causa dessa dificuldade, elas não conseguem aprender as outras matérias. Muitas são reprovadas, algumas até abandonam a escola. Essa insuficiência no aprendizado está na raiz da desigualdade e da exclusão. Alfabetização na Idade Certa vai ajudar toda criança a ter o aprendizado adequado para continuar estudando.”
Segundo Dilma, o professor tem papel importante na alfabetização da criança. “A professora ou o professor alfabetizador são os heróis dessa nossa história. Por isso, temos que valorizá-los, e isso significa premiá-los, assegurar bolsas de estudo e condições adequadas de trabalho. Nós vamos investir mais de R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores, na compra de livros e também na avaliação do aprendizado das nossas crianças.”
Dilma afirmou ainda que o país vai ajudar a melhorar a formação dos alfabetizadores. “Vamos oferecer cursos para os 360 mil alfabetizadores. Os cursos estão sendo preparados por 34 universidades e serão ministrados, uma vez por mês, na cidade do professor. Vamos pagar para cada alfabetizador uma bolsa que vai começar em R$ 200 por mês para ajudar nas despesas com o deslocamento e alimentação. Todos os professores são importantes, mas os 360 mil alfabetizadores do Brasil são os mais importantes porque estão formando a base”, disse.
Prêmios
De acordo com Dilma, os resultados farão com que os professores ganhem prêmios. “Vamos premiar os melhores resultados. Para isso, vamos usar os resultados da avaliação que faremos no final do próximo ano com os alunos de todo o Brasil. Nós já reservamos R$ 500 milhões para essa premiação, pois achamos que o Brasil deve reconhecer e valorizar as melhores práticas educacionais, os melhores professores e as escolas mais bem sucedidas.”
Governo lançou o “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”.
Objetivo é fazer com que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos.
Governo lançou o “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”. Objetivo é fazer com que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos

A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (12), durante seu programa de rádio “Café com a Presidenta”, que o país vai investir R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores, na compra de livros e na avaliação do aprendizado das crianças. O objetivo, segundo ela, é fazer com que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos. De acordo com Dilma, os 360 mil alfabetizadores do Brasil vão receber uma bolsa de R$ 200 para fazer um curso de formação e o governo vai dar prêmios em dinheiro para os professores e escolas que tiverem os melhores resultados.

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa foi lançado na semana passada. “O objetivo é fazer com que todas as crianças do nosso país sejam alfabetizadas até os 8 anos. Isso quer dizer que, com essa idade, toda criança vai ter de saber ler, escrever, interpretar um texto simples, somar e subtrair, e ter noções de multiplicar e dividir”, afirmou Dilma.

Para a presidente, a missão não é fácil. “Nós temos um imenso desafio pela frente, porque, hoje, 15% das nossas crianças com 8 anos não conseguem interpretar um texto ou fazer as contas básicas. Por causa dessa dificuldade, elas não conseguem aprender as outras matérias. Muitas são reprovadas, algumas até abandonam a escola. Essa insuficiência no aprendizado está na raiz da desigualdade e da exclusão. Alfabetização na Idade Certa vai ajudar toda criança a ter o aprendizado adequado para continuar estudando.”

Segundo Dilma, o professor tem papel importante na alfabetização da criança. “A professora ou o professor alfabetizador são os heróis dessa nossa história. Por isso, temos que valorizá-los, e isso significa premiá-los, assegurar bolsas de estudo e condições adequadas de trabalho. Nós vamos investir mais de R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores, na compra de livros e também na avaliação do aprendizado das nossas crianças.”

Dilma afirmou ainda que o país vai ajudar a melhorar a formação dos alfabetizadores. “Vamos oferecer cursos para os 360 mil alfabetizadores. Os cursos estão sendo preparados por 34 universidades e serão ministrados, uma vez por mês, na cidade do professor. Vamos pagar para cada alfabetizador uma bolsa que vai começar em R$ 200 por mês para ajudar nas despesas com o deslocamento e alimentação. Todos os professores são importantes, mas os 360 mil alfabetizadores do Brasil são os mais importantes porque estão formando a base”, disse.

Prêmios
De acordo com Dilma, os resultados farão com que os professores ganhem prêmios. “Vamos premiar os melhores resultados. Para isso, vamos usar os resultados da avaliação que faremos no final do próximo ano com os alunos de todo o Brasil. Nós já reservamos R$ 500 milhões para essa premiação, pois achamos que o Brasil deve reconhecer e valorizar as melhores práticas educacionais, os melhores professores e as escolas mais bem sucedidas.”

Fonte: G1 Educação

A Contee – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, numa prévia análise do relatório apresentado pelo Senador José Pimentel (PT-PE) no último dia 11 de dezembro ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 103/2012, que cria o novo Plano Nacional de Educação (PNE), encontrou alguns pontos negativos, entre os quais destaca: - qualquer alteração no texto eventualmente aprovada pelo Senado obriga a proposição a retornar à análise da Câmara, o que protela ainda mais a aprovação definitiva do PNE; - emenda à Meta 20 exclui o patamar de 7% do investimento do PIB nacional em educação num prazo de cinco anos, deixando o percentual de 10% do PIB ao final do decênio como único referencial de ampliação de investimento – o que elimina a possibilidade de ampliação do investimento de forma mais imediata; - a modificação estabelece que os investimentos sejam feitos em educação, e não mais em educação pública, como definido na Câmara dos Deputados, abrindo caminho para a aplicação de dinheiro público no setor privado; - em sentido análogo, nas Metas 11 e 12, a expressão “oferta pública” está sendo substituída por “oferta gratuita” ao se referir à expansão das matrículas na educação profissional técnica de nível médio e no ensino superior; - outro ponto preocupante é a extinção, na Meta 13, da proporcionalidade que tinha sido decidida na Câmara, segundo a qual a proporção deveria ser de 90% das vagas ampliadas nas instituições publicas para 75% na IES privadas; - o relatório ainda altera a idade de ingresso escolar de “4 a 5 anos” para “4 e 5 anos”, o que é inadequado, porque torna imprecisa a idade de inclusão na educação infantil. As modificações propostas apontam na direção contrária do que foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados. A Contee pede aos Senhores (as) Senadores (as) que não aprovem alterações que contrariem os interesses da educação, dos trabalhadores e da sociedade, que participaram da Conferência Nacional de Educação (Conae 2010), por meio de debates e construções democráticas e coletivas, as quais culminaram em propostas para elaboração do PNE de que o Brasil precisa.

Diretoria da Contee

O professor Daniel Ribeiro Mill, da UFSCar, é doutor em Educação e autor do livro Docência virtual: uma visão crítica, entre outras obras. Convidado pelos sindicatos da Fepesp, ele participou em 24/10 do simpósio "O projeto pedagógico do Sesi na visão de quem ensina", primeiro evento do Conexão Fepesp.
Na entrevista abaixo, ele adverte que o professor deve tomar cuidado com o teletrabalho e precisa conhecer a maioria das tecnologias digitais para saber quais seriam benéficas ao seu trabalho.
Durante a exposição no Conexão Fepesp, o senhor falou que a atualidade, com um novo padrão tecnológico, criou um "novo perfil de cidadão". No caso dos professores, eles já são cidadãos novos, conhecedores das novas tecnologias?
Daniel Mill - É bom reforçar que tecnologia é qualquer coisa inventada pelo ser humano, para o ser humano. As TDIC (Tecnologias digitais da informação e comunicação) trouxeram um redimensionamento espaçotemporal, que criou uma nova sociedade e, consequentemente, um novo cidadão. Na realidade atual, o professor precisa ser novo. Vale para ele o que vale para o cidadão: o conceito de lifelong learning. Como a educação é um espaço privilegiado, esta aprendizagem contínua fica mais clara.
Como o professor reage ao novo? As novas tecnologias são difíceis de aceitar?
Daniel Mill - Tudo que é novo incomoda, gera desestruturação. Primeiro, para qualquer pessoa, causa um estranhamento, uma retração. Em seguida, no caso do professor, desperta o raciocínio: Isso não é como quero, o que fazer? O ponto chave é que quase nenhum docente percebe que faz essa adaptação para usar novas tecnologias a vida toda.
Nenhuma tecnologia é neutra e nenhuma é maquiavélica por si só. Isso depende de quem a usa, incorpora. O melhor caminho é daquele que consegue entender as novidades e que vai usar as que melhor lhe servirem. Mas ele precisa conhecer a maioria para ter opção. Para muitos, a reação é o medo: de ser substituído na função ou de não ser remunerado pelo trabalho extra. Existem dois grupos que aponto, conforme a relação com as TDIC: Os migrantes digitais, com mais de 25 anos; e os nativos digitais, que têm até essa idade. Os migrantes sabem que nem sempre as tecnologias são benéficas. Elas dependerão do uso. A pólvora é celebrada no uso em fogos de artifício, mas criticada na alimentação de armas de guerra. Sempre é preciso analisar o que se faz com a 'coisa'.
O que os professores devem esperar dos sindicatos, enquanto organização coletiva de trabalhadores, frente à intensificação do trabalho?
Daniel Mill - O trabalhador deve cobrar mais e ser proativo, mostrando interesse na defesa dos direitos de quem trabalha. Ele precisa entender que o coletivo somos nós. Um sindicato é só o órgão que reúne. Eu preciso me ver como parte da coisa. Infelizmente, o discurso individualista dos últimos anos criou trabalhadores que esperam pouco ou esperam mágica de um sindicato. Para enfrentar problemas como a intensificação, cada sindicato precisa entender muito bem o processo do trabalho e as funções que cada um tem. O ensino presencial mudou nos últimos anos, assim como a EaD, por exemplo. No caso da EaD, ela não é boa ou ruim, assim como outras tecnologias, depende do seu uso.
O que significa a regulamentação do Artigo 6º da CLT na luta pela remuneração do trabalho docente e em melhorias nas condições de trabalho?
Daniel Mill - A vantagem da mudança é que formaliza o que estava ao 'Deus dará' e, assim, ganhava quem tinha mais força, ou seja, o capital. Mas o teletrabalho, como eu chamo esse assunto, é perigoso e perverso. É preciso tomar cuidado para o próprio trabalhador não se cobrar mais enquanto está fora da empresa. Tem situações em que ele vira gestor: 'leva trabalho pra casa' e não tem mais local nem horário de trabalho.
O professor Daniel Ribeiro Mill, da UFSCar, é doutor em Educação e autor do livro Docência virtual: uma visão crítica, entre outras obras. Convidado pelos sindicatos da Fepesp, ele participou em 24/10 do simpósio "O projeto pedagógico do Sesi na visão de quem ensina", primeiro evento do Conexão Fepesp.

Na entrevista abaixo, ele adverte que o professor deve tomar cuidado com o teletrabalho e precisa conhecer a maioria das tecnologias digitais para saber quais seriam benéficas ao seu trabalho.

Durante a exposição no Conexão Fepesp, o senhor falou que a atualidade, com um novo padrão tecnológico, criou um "novo perfil de cidadão". No caso dos professores, eles já são cidadãos novos, conhecedores das novas tecnologias?
Daniel Mill - É bom reforçar que tecnologia é qualquer coisa inventada pelo ser humano, para o ser humano. As TDIC (Tecnologias digitais da informação e comunicação) trouxeram um redimensionamento espaçotemporal, que criou uma nova sociedade e, consequentemente, um novo cidadão. Na realidade atual, o professor precisa ser novo. Vale para ele o que vale para o cidadão: o conceito de lifelong learning. Como a educação é um espaço privilegiado, esta aprendizagem contínua fica mais clara.

Como o professor reage ao novo? As novas tecnologias são difíceis de aceitar?
Daniel Mill - Tudo que é novo incomoda, gera desestruturação. Primeiro, para qualquer pessoa, causa um estranhamento, uma retração. Em seguida, no caso do professor, desperta o raciocínio: Isso não é como quero, o que fazer? O ponto chave é que quase nenhum docente percebe que faz essa adaptação para usar novas tecnologias a vida toda.
Nenhuma tecnologia é neutra e nenhuma é maquiavélica por si só. Isso depende de quem a usa, incorpora. O melhor caminho é daquele que consegue entender as novidades e que vai usar as que melhor lhe servirem. Mas ele precisa conhecer a maioria para ter opção. Para muitos, a reação é o medo: de ser substituído na função ou de não ser remunerado pelo trabalho extra. Existem dois grupos que aponto, conforme a relação com as TDIC: Os migrantes digitais, com mais de 25 anos; e os nativos digitais, que têm até essa idade. Os migrantes sabem que nem sempre as tecnologias são benéficas. Elas dependerão do uso. A pólvora é celebrada no uso em fogos de artifício, mas criticada na alimentação de armas de guerra. Sempre é preciso analisar o que se faz com a 'coisa'.

O que os professores devem esperar dos sindicatos, enquanto organização coletiva de trabalhadores, frente à intensificação do trabalho?
Daniel Mill - O trabalhador deve cobrar mais e ser proativo, mostrando interesse na defesa dos direitos de quem trabalha. Ele precisa entender que o coletivo somos nós. Um sindicato é só o órgão que reúne. Eu preciso me ver como parte da coisa. Infelizmente, o discurso individualista dos últimos anos criou trabalhadores que esperam pouco ou esperam mágica de um sindicato. Para enfrentar problemas como a intensificação, cada sindicato precisa entender muito bem o processo do trabalho e as funções que cada um tem. O ensino presencial mudou nos últimos anos, assim como a EaD, por exemplo. No caso da EaD, ela não é boa ou ruim, assim como outras tecnologias, depende do seu uso.

O que significa a regulamentação do Artigo 6º da CLT na luta pela remuneração do trabalho docente e em melhorias nas condições de trabalho?
Daniel Mill - A vantagem da mudança é que formaliza o que estava ao 'Deus dará' e, assim, ganhava quem tinha mais força, ou seja, o capital. Mas o teletrabalho, como eu chamo esse assunto, é perigoso e perverso. É preciso tomar cuidado para o próprio trabalhador não se cobrar mais enquanto está fora da empresa. Tem situações em que ele vira gestor: 'leva trabalho pra casa' e não tem mais local nem horário de trabalho.

Fonte: Fepesp

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