Duas pesquisas divulgadas nesta semana mostram a importância da expansão da oferta de ensino superior e técnico-profissionalizante. Na última quarta-feira (17), a Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que um em cada cinco jovens brasileiros entre 15 anos e 29 anos (20,3%) não estudava nem trabalhava em 2013. De acordo com o instituto, a faixa etária que mais concentra os chamados “nem nem” é a de 18 anos a 24 anos, em que 24% da população não estão nas escolas nem no mercado de trabalho.

Por outro lado, na véspera, estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontara que a educação superior é um pré-requisito para que milhões de jovens de países em desenvolvimento encontrem um trabalho decente. O relatório, feito com base em dados coletados em 28 países em 2012 e 2013, comprova que a educação superior “serve como uma garantia bastante confiável” de emprego formal. De acordo com o levantamento, oito em cada dez jovens (83%) com qualificação acima do ensino médio (que cursaram uma universidade ou outro tipo de curso técnico-profissionalizante) estão em empregos não vulneráveis, ao passo que a conclusão do ensino médio, sozinha, não é garantia suficiente para encontrar melhores condições no mercado de trabalho.

Às vésperas de se completar um mês da realização da Conferência Nacional de Educação (Conae/2014), os dados evidenciam aquela que a pauta primordial do movimento educacional: o fortalecimento da educação pública. Mostram, além disso, a importância do cumprimento da Meta 11 do Plano Nacional de Educação (PNE), que propõe “triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público”, bem como da Meta 12, com a elevação da “taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público”.

É claro que as referências também fazem lembrar programas governamentais como o Universidades para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). E por isso mesmo é fundamental frisar que a ampliação da oferta não basta, é preciso que o ensino superior e o técnico-profissionalizante oferecidos tenham sua qualidade assegurada, o que não é possível nem diante do crescimento do processo de mercantilização da educação – e da financeirização e oligopolização – nem com o simples repasse desmedido de verbas públicas para o setor privado sem garantia de contrapartida.

A Conae/2014, ao elevar o Sistema Nacional de Educação ao status de prioridade, também afirmou seu apoio à bandeira da regulamentação da educação privada, defendida pela Contee. Mas é importante também, em relação especificamente ao ensino superior, que se aprove o projeto de lei que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes). É lamentável pensar que 2014 terminará tal qual 2013 havia terminado, com o Insaes pendente na pauta da Câmara dos Deputados.

Diante desse quadro – também dos resultados das duas pesquisas – é essencial que a Contee e suas entidades filiadas ampliem o empenho em defesa do Insaes como instrumento destinado a fortalecer a capacidade do Estado de avaliar, autorizar, credenciar e descredenciar cursos e instituições após avaliação e dar prosseguimento aos processos advindos desta atribuição. O projeto é crucial para assegurar ao Estado condições de exercer seu papel de zelar pela qualidade da educação, tanto pública quanto privada, essencial para um projeto de desenvolvimento e soberania nacional.

Fonte: CONTEE

Vitória do projeto de crescimento econômico com inclusão social    

Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT

A campanha de 2014 foi uma das mais duras e disputadas desde a redemocratização do Brasil, em 1985. O PT e a presidenta Dilma Rousseff foram ferozmente atacados, em especial por meio de perfis falsos e a contratação de robôs para atuar nas redes sociais. A mídia convencional fez o jogo do mentiroso ofendido e deu destaque às acusações do candidato tucano, de que era o PT que fazia uma ‘campanha sórdida’, cheia de mentiras. Por mentira, leia-se: fatos comprovados, como o caso do aeroporto de Cláudio, construído no terreno da fazenda de um tio do ex-governador Aécio Neves - o tio ficava com as chaves do aeroporto -, o nepotismo e a transferência de recursos público para as rádios da família Neves, autorizadas pela irmã do candidato. As mentiras, os boatos e as tentativas de golpe foram, na verdade, patrocinadas pelo PSDB. Entre elas, o boato de que doleiro-delator,  Alberto Youssef, havia sido envenenado por petistas e a capa combinada com a revista Veja às vésperas da eleição, com a falsa acusação de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobras, que quase mudaram o resultado final do pleito.

Como nos últimos doze anos, o roteiro de ataques ao projeto democrático e popular escolhido pelo povo foi seguido à risca durante o processo eleitoral. O mote principal dos oposicionistas é a conhecida campanha moralista e difamatória, encampada por parte da classe média e da grande imprensa, que tratam as gestões petistas como se fossem as criadoras da corrupção e, não, os governos que mais contribuíram para combater esse mal que assola o Brasil há mais de 500 anos. As gestões de Lula e Dilma criaram o Portal da Transparência, lei da compra de votos, lei da ficha limpa, lei geral de acesso à informação, lei de conflitos de interesse, lei de responsabilização da pessoa jurídica, abertura do voto na apreciação de vetos e de cassação de mandatos. Isso sem contar na liberdade da Polícia Federal e do Ministério Público para investigar e encaminhar os processos à Justiça que passou a punir como nunca antes na nossa história.

Virando o jogo

O que garantiu a vitória da presidenta Dilma foi a união dos movimentos social e sindical que ocuparam diuturnamente as redes sociais para combater as mentiras e foram às ruas defender o projeto, reafirmando o apoio as políticas de valorização do salário mínimo, das aposentadorias, da agricultura familiar e da geração de emprego, das políticas públicas como Minha Casa, Minha Vida, Pronatec, ProUni, Ciências Sem Fronteiras, que dá jovens a oportunidade de estudar no exterior, construção de novas universidades federais; e os investimentos em infraestrutura, urbanização das favelas, entre outros.

Agora, nossa tarefa é construir uma pauta unificada que contemple uma política econômica voltada para o desenvolvimento sustentável do Brasil, com inclusão, justiça social e distribuição de renda, que fortaleça políticas públicas nas áreas de segurança, saúde e educação, fundamentalmente. Temos de ocupar as ruas para dar sustentação à presidenta para que as reformas política, tributária e dos meios de comunicação sejam feitas e entrem em vigor imediatamente.

Engana-se quem pensa que essa será uma tarefa fácil. A presidenta Dilma venceu, mas o governo continua sendo disputado por setores progressistas e conservadores de uma sociedade que elegeu uma das bancadas mais resistentes a mudanças da história no Congresso Nacional - mais da metade (51%) dos 513 deputados são ruralistas ou apoiados por empresas do setor. E um parlamento mais à direita, que representa os direitos dos empresários e banqueiros que bancaram suas milionárias campanhas eleitorais, vai trabalhar contra a pauta dos/as trabalhadores/as e fazer de tudo para impedir avanços e conquistas como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário e a regulamentação da Convenção 158 da OIT, que estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas, entre outros itens da pauta. Na primeira semana após as eleições, o Congresso já deu sinais claros de que a luta pelos avanços precisa ser ainda mais organizada. A derrubada do decreto da presidenta Dilma que criou a Política Nacional de Participação Social é um ataque à democracia participativa.

A eleição acabou e o resultado das urnas tem de ser respeitado. O clima de disputa que a direita vem tentando manter nas ruas é antidemocrático. É mais uma tentativa de liderar uma agenda conservadora em prejuízo do Brasil e dos brasileiros. A pauta progressista que venceu as eleições é a nossa.

Neste sentido, a reflexão que temos de fazer é óbvia: para os movimentos sindical e social, eleger Dilma foi fundamental para continuar o processo de transformação do País, mas esse foi apenas mais um passo. A disputa agora é pela pauta dos trabalhadores, dos sem teto, sem terra, dos negros, das mulheres e dos jovens.

Média

Escola de Ensino Fund 1(aulista)

Valor aula vazio (s/DSR %H.A)

Menor

Maior

1

Escola Terra Mater

 R$         33,64

 

2

Petrópolis( inclusive Educação Infantil)

 R$         29,40

 

3

Unidade Jardim

 R$         25,94

 

4

Externato Santo Antonio

 R$         22,88

 

5

Arbos

 R$         16,74

 R$         28,04

6

Atual

 R$         22,25

 

7

Clóvis Beviláqua

 R$         14,00

 R$         25,20

8

Colégio Nobilis

 R$         15,10

 R$         23,42

9

São José SBC

 R$         17,19

 

10

São Carlos

 R$         16,61

 

11

Rio Branco

 R$         14,70

 R$         16,58

12

Famari

 R$         12,26

 

13

Aconchego

 R$         12,25

 

14

Mamãe Margarida

 R$         12,21

 

15

Cecília Meireles

 R$            9,82

 

16% dos alunos de cursos universitários no Brasil estão matriculados em cursos a distância

 

No Brasil, o número de matriculados no ensino a distância cresceu 23 vezes em 10 anos.

Em 2013 alunos dessa modalidade somavam 50 mil matrículas, 1/3 do total dos universitários no País. Em 2013 eram 1,15 milhão – 15,7%.

Na semana passada o conselho de regulação decidiu rever a nova regulamentação que havia apresentado para o setor.

No projeto inicial, havia entre outros pontos, a intenção de autorizar a modalidade apenas a escolas com conceitos institucionais 4 ou 5 na avaliação de qualidade feita pelo governo. A escala vai de 1 as 5.

O projeto, no entanto, duramente criticado pelo setor privado, está sendo rediscutido.

 

Fonte: UOL

Caro (a) professor (a) !

Nesta edição do boletim “O Professor” estamos divulgando o ranking salarial das escolas. As tabelas estão separadas por categoria: Educação Infantil (mensalistas), Ensino fundamental 1 (mensalistas e aulistas) , Ensino fundamental 2 (aulistas), Ensino Médio (aulistas) e Ensino Superior(aulistas).

A primeira coluna representa a classificação em ordem decrescente, isto é, do maior para o menor valor salário; a segunda coluna contém o nome da escola, a terceira o menor salário e a quarta o maior salário.

A ordem decrescente na tabela, para os aulistas se dá pela média aritmética entre o menor e o maior valor hora aula, mas para os mensalistas tomou por base o menor salário, devido a imprecisões no maior salário.

A divulgação para os aulistas é o valor hora aula vazio, isto é, sem DSR e sem hora atividade, porém para os mensalistas são os salários base mais a hora atividade que na maior parte dos casos é de 5%.

Queremos também comunicar que algumas escolas não constam no ranking, devido à “sonegação de informações solicitadas” pelo SINPRO ABC. Em algumas delas, os dados foram obtidos por canais informais, para driblar a falta de dados e cooperação dos mantenedores.

Por conta destas dificuldades, pode ser que alguns dados estejam imprecisos. Por isso, pedimos sua colaboração – professor (a) – para que nos ajudem a atualizar e complementar o ranking que também será disponibilizado no site e atualizado a cada dois meses.

Para consultar o ranking acesse: (endereço que vai direto para o ranking)

 

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