Unesp registra aumento de 12% de candidatos negros e indígenas

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) registrou um aumento de 12,2% no número de candidatos negros e indígenas de escolas públicas inscritos no vestibular 2015. O total de candidatos nesta modalidade, que era de 39.679 no último exame, subiu para 40.992, um acréscimo de 1.313 pessoas. O total geral de inscritos na seleção da Unesp é de 101.014 pessoas, o maior da história da universidade.

O Sistema de Reserva de Vagas da Unesp garante neste ano um mínimo de 25% (o índice do último vestibular foi de 15%) das vagas de cada curso para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública. Isso deve ampliar a proporção destes alunos nos cursos da Unesp. No vestibular 2014, a proporção de matriculados egressos de escolas públicas foi de 40,7%.

As provas da Unesp são realizadas em duas fases. A primeira etapa será realizada no dia 16 de novembro, em 31 cidades paulistas (além das 23 onde há cursos, os exames acontecerão em Americana, Campinas, Guarulhos, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santo André e Sorocaba) e ainda em Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Uberlândia (MG). A segunda fase será aplicada nas mesmas cidades, nos dias 14 e 15 de dezembro.

As cidades para as quais há oferta de carreiras neste vestibular são Araçatuba (155 vagas), Araraquara (855), Assis (405), Bauru (1.045), Botucatu (600), Dracena (40), Franca (400), Guaratinguetá (310), Ilha Solteira (270), Itapeva (80), Jaboticabal (280), Marília (475), Ourinhos (90), Presidente Prudente (640), Registro (40), Rio Claro (490), Rosana (80), São João da Boa Vista (40), São José do Rio Preto (460), São José dos Campos (120), São Paulo (185), São Vicente (80) e Tupã (120).

Fonte: UNESP

Comissão vai acompanhar aplicação das metas do PNE e do piso do magistério

A lei do PNE (Lei 13.005/14) estabelece 20 metas para os próximos dez anos na educação. A principal inovação em relação ao plano anterior é a obrigação de investimento de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB), em educação. Outra meta é a universalização da educação infantil para crianças de 4 a 5 anos até 2016.

As metas serão objeto de monitoramento por diversas instâncias, como o Ministério da Educação, o Conselho Nacional de Educação (CNE), e as comissões de Educação da Câmara e do Senado, como destaca o presidente do colegiado na Câmara, deputado Glauber Braga (PSB-RJ).

"É importante que cada parlamentar da Comissão de Educação possa fazer o acompanhamento do cumprimento das metas em tempo real”, disse. Segundo ele, a assessoria técnica da comissão preparou um material “muito interessante de acompanhamento e essa vai ser também uma tarefa da Comissão de Educação na retomada dos trabalhos”.

Terceiro vice-presidente da comissão, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) acrescenta como tema de preocupação dos parlamentares o acompanhamento da aplicação do piso salarial dos professores, previsto em lei de 2008 (11.738/08).

"Já é lei, mas a discussão quanto à forma de acompanhamento da forma de reajuste tem sido preocupação dos municípios, mas também tem sido uma expectativa positiva dos deputados e do magistério público nacional”, afirmou.

Além da preocupação com o PNE e com o piso do magistério, a pauta da Comissão de Educação inclui propostas como o projeto que torna obrigatória a participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para todos os alunos que concluírem o ensino médio (PL 5956/13).

O presidente Glauber Braga lembra também que a comissão discutirá ainda neste ano, em audiência pública, a participação de capital estrangeiro nas universidades públicas.

Fonte: Agência Câmara

Festa dos professores deve reunir 1.500 pessoas no Restaurante São Judas em São Bernardo

Acontece neste sábado, dia 25 de outubro a “Festa à fantasia” em homenagem aos professores. O evento será realizado, no Restaurante São Judas Tadeu, localizado na Avenida Maria Servidei Demarchi, 1.749, em São Bernardo do Campo (SP).

O jantar está sendo organizado pelo SINPRO ABC (Sindicato dos Professores do ABC), entidade que reúne 3.300 associados, da rede particular de ensino.

Os ingressos são limitados e não serão vendidos no local. Sócios e crianças até 5 anos não pagam, de 6 a 12 anos R$ 30, primeiro acompanhante R$ 50 e os demais R$ 65. Entre em contato para saber se ainda tem convites à venda. O SINPRO ABC está localizado na Rua Pirituba, 61/65, Bairro Casa Branca, Santo André (SP). O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Outras informações pelo telefone: 4994-0700.

Professor, fique atento: por questões de segurança, os sócios devem apresentar um documento original com foto ou carteirinha do SINPRO ABC. Caso o associado não possa retirar seu convite, outra pessoa poderá fazer em seu lugar, porém, cumprindo os mesmos requisitos estabelecidos, só assim será possível a liberação. No caso de crianças, será preciso a apresentação da cópia da certidão de nascimento ou RG, que também será conferido na portaria do restaurante. Para a compra dos demais acompanhantes não será necessário documento.

 

O mito da estiagem 
de São Paulo

 
 
A água é um dos recursos naturais mais abundantes no planeta e as quantidades existentes sobram diante da necessidade humana. Mesmo considerando apenas as águas doces continentais, 3% do total da Terra, há muito mais água do que a capacidade humana de utilizá-la. Indo além, apenas a quantidade de água que precipita anualmente só na superfície dos continentes (cerca de 110 km³) já seria capaz, se fosse captada e armazenada, de suprir toda a humanidade. Considerando a água subterrânea, o Alter do Chão, maior aquífero do mundo sob a Bacia Amazônica, armazena água suficiente (86 mil km³) para abastecer a humanidade por pelo menos três séculos, já que ele é continuamente recarregado pela infiltração de água proveniente da atmosfera e da superfície. 
 
Os estoques de água doce são inesgotáveis, na medida em que são alimentados principalmente pelos oceanos, infinitos via evaporação e precipitação, ou seja, pelo ciclo hidrológico, que depende de forças físicas as quais o homem nunca poderá interromper. Enquanto existirem, o ciclo funcionará e os estoques de água doce nos continentes serão repostos indefinidamente. 
 
O alerta de que a água vai acabar, portanto, não tem fundamento. Obviamente que a água não se distribui equitativamente pelo planeta. Há regiões com muita água, normalmente na zona tropical, na qual a evaporação é maior, e regiões áridas, onde, por razões específicas da dinâmica climática, as taxas de evaporação são maiores do que a precipitação, gerando déficit de reposição de estoques de água doce. Esse não é o caso de São Paulo, cidade situada em uma região úmida, com elevados índices pluviométricos, em grande parte decorrente da umidade trazida do oceano pelas massas de ar. 
 
Enquanto o Sol brilhar, a Terra girar e a Lei da Gravidade não for “revogada”, as recargas de água doce na Região Sudeste estarão garantidas, em volumes muito superiores à nossa necessidade. 
 
Por que falta água em São Paulo?
Considerando apenas a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), há mananciais na parte norte da região, a (Serra da Cantareira), e em toda a parte sul, na região da Bacia do Guarapiranga, do Alto Cotia etc., além de reservatórios (represamentos artificiais) que formam um sistema de abastecimento. Além disso, São Paulo importa água de outras bacias, como a do Rio Piracicaba, e como planeja fazer com a Bacia do Rio Ribeira de Iguape. 
 
Ocorre que, embora haja diversas fontes de abastecimento para a região, elas não estão interligadas. Trata-se de um sistema desconexo, no qual, se falta água em um reservatório por um período – como tem ocorrido com a Cantareira –, não há como compensar esse déficit com a água dos outros. Os sistemas Alto Cotia e Guarapiranga, por exemplo, estiveram, em 2014, com níveis de água superiores ao da Cantareira, que sozinha abastece cerca de 8 milhões de pessoas.
 
Mas não puderam “socorrer” essa demanda por não estarem interligados. Havendo um período de estiagem natural mais prolongado, como tem ocorrido na Cantareira, a retirada de água tornou-se mais intensa do que a reposição natural dos estoques, daí o porquê de suas represas estarem secas. A gestão dos recursos hídricos não foi inteligente o suficiente para construir um sistema interligado que equilibrasse demandas e estoques. Se assim o tivessem feito, jamais faltaria água em São Paulo, pois o total de água existente em torno da RMSP é mais do que suficiente para atender à demanda. 
 
Outro fator auxiliar na compreensão da falta d’água em São Paulo refere-se às perdas, que estão entre 27% e 30% de toda a água tratada. Elas advêm, sobretudo, de vazamentos e de captações clandestinas, embora, nesse último caso, apesar da ilegalidade, não há o desperdício, não há perda de fato da água como há nos vazamentos. Alguém a está usando, só que sem pagar.
 
Ainda na dimensão técnica, outro aspecto que nos ajuda a compreender essa situação de escassez que algumas áreas de São Paulo estão enfrentando refere-se ao bombeamento da água dos reservatórios. A sucção do líquido atinge apenas as camadas superiores dos reservatórios, sendo o restante chamado volume morto, fora do alcance das bombas. Mais uma vez a gestão dos recursos hídricos não foi eficiente para prever que, em caso de anos anômalos de menor precipitação, haveria a necessidade de se bombearem as camadas inferiores – a previsão de anomalidades climáticas deveria ser considerada em um planejamento de recursos hídricos. A tentativa de corrigir a má gestão da água paulista chegou tarde.
 
Complementarmente, o reúso ganhou espaço no debate com a proposta de reservar a água potável apenas para os usos nos quais ela deve ser realmente limpa e própria para o consumo. Infelizmente, isso só ocorre no meio empresarial e comercial. A Sabesp, empresa de saneamento básico de capital misto, cujo maior acionista é o governo de São Paulo, elabora programas apenas para empresas, mas não para a população em geral, que não recebe água de reúso em seus domicílios. Assim, a mesma água potável que bebemos é a água que usamos para dar a descarga ou para regar plantas, o que torna a economia no ambiente doméstico limitada a ações como o aproveitamento da água de lavagem de roupa ou do quintal. Só resta ao cidadão exercer o seu papel usando a água com racionalidade, inteligência e parcimônia.
 
* Professor livre-docente do Departamento de Geografia da FFLCH - USP

Desemprego tem a menor taxa para setembro desde 2002, segundo IBGE.

Em setembro, a taxa de desemprego ficou em 4,9% na região metropolitana, depois de marcar 5% no mês anterior, a menor em 12 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de setembro é o menor para o mês desde o início da série histórica, em 2002. No mesmo período do ano passado, a taxa ficou em 5,4%.

A quantidade de pessoas desocupadas chegou a 1,2 milhão e mostrou estabilidade na comparação com agosto. Já em comparação com o mesmo período do ano passado, foi registrada queda de 10,9%. Quanto à população ocupada, que bateu 23,1 milhões, não houve variação nem em relação ao mês anterior nem diante de setembro de 2013.

E o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 11,7 milhões, ficando estável.

Fonte: IBGE

Mais Lidas