CGU não vê irregularidade no Pronatec

Em relação à matéria publicada nO domingo (19/10) no jornal Folha de S. Paulo sob o título "Auditoria aponta descontrole em vitrine de Dilma", a Controladoria-Geral da União (CGU) esclarece que:

1. O relatório da CGU mencionado na matéria não demonstra descontrole no Pronatec, pelo contrário, ele representa a clara existência de controle, em dois níveis, coisa que só passou a existir nos últimos anos, exatamente porque o governo criou e garantiu autonomia à Controladoria: o controle primário a cargo do órgão gestor (no caso, o MEC) e o de segundo grau, ou de supervisão, que cabe à CGU.

2. A CGU não pode aceitar a utilização dos seus trabalhos, feitos com seriedade e isenção, para interpretações distorcidas, sobretudo às vésperas das eleições.

3. A CGU foi procurada pela equipe de reportagem do jornal e, entre os diversos pontos que foram respondidos, foi deixado claro que o relatório em questão não apontou irregularidades no Pronatec, e sim apenas ressalvas e necessidades de aprimoramento dos controles, o que acontece na maioria dos programas de grande dimensão e capilaridade. Foi esclarecido também que não se esgotou ainda o prazo para o MEC apresentar o Plano de Providências (documento em que se detalham as medidas para atender às recomendações feitas).

4. Cumpre, por fim, destacar que a facilidade que a imprensa tem hoje para ter acesso a todas essas informações decorre de uma política de transparência, adotada desde a criação da CGU, sem precedentes na história do país, e que inclui até mesmo a publicação dos relatórios de auditoria na internet.

FONTE: Controladoria-Geral da União

Representação dos trabalhadores cai pela metade no Congresso Nacional em 2015

As centrais sindicais perderão força de negociação para os trabalhadores na próxima legislatura do Congresso Nacional (2015-2018).

De acordo com o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) a bancada sindical será menor a partir do ano que vem do que foi este último mandato (2011-2014).

A bancada que compõe representantes de vários sindicatos, hoje com 83 parlamentares, caiu para 46, enquanto os empresários mantiveram o total de representantes.

Este cenário faz com que as Centrais Sindicais não tenham boas perspectivas para o ano que vem, porque haverá muita dificuldade para negociar e aprovar a Pauta Trabalhista, especialmente reivindicações como a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; a revogação da lei que dispõem sobre o Fator Previdenciário; e a extinção do projeto de lei que amplia a terceirização, entre outros temas.

Alguns sindicalistas já propõem ao movimento sindical em geral a deflagração de um amplo processo de mobilização, com vistas a promover grandes manifestações de massa em 2015 para garantir o encaminhamento e a aprovação da Pauta Trabalhista.

Fonte: Repórter Sindical

Procon divulga ranking de universidades campeãs de reclamação em 2014

O Grupo Uniesp, que também tem sedes no ABC, lidera a lista com 402 reclamações recebidas entre janeiro e setembro deste ano — 112 a mais que total registrado em 2013.

De acordo com dados divulgados pelo Procon-SP, o total de queixas subiu de 1.129 entre janeiro e setembro de 2013 para 1.171 no mesmo período de 2014. Em 2012, foram 915.

As três primeiras colocadas no ranking — Uniesp, Anhanguera e Uninove — respondem por 64% das reclamações computadas no período. Em quase metade dos casos, o principal problema se refere a cobrança. Outras demandas recorrentes, como o não fornecimento de documentos escolares, problemas com contrato e prestação de serviços, totalizam 48% das reclamações.

De acordo com o Procon-SP, a média do índice de solução de problemas dessas universidades é de 73%. Para o órgão de proteção ao consumidor, a taxa de solução deve ficar acima de 95%. A instituição com o desempenho mais baixo, Anhembi Morumbi, resolveu apenas 53% das reclamações, e a Anhanguera Educacional, 54%.

Confira as campeãs de reclamação:

1º Grupo Uniesp — 402 reclamações

2º Anhanguera Educacional — 192 reclamações

3º Universidade Nove de Julho (Uninove) — 156 reclamações

4º Universidade Anhembi Morumbi — 124 reclamações

5º Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) — 74 reclamações

6º Universidade Paulista (Unip) — 61 reclamações

7º Cruzeiro do Sul / Unicid — 60 reclamações

8º Universidade Estácio de Sá — 39 reclamações

9º Universidade de Santo Amaro (Unisa) — 35 reclamações

10º Faculdade Sumaré — 28 reclamações

Estado de São Paulo não cumpre lei do Piso de Professor A informação de que o Estado mais rico da Federação não cumpre integralmente a Lei do Piso (11.738/2008) foi dada pelo professor Ailton Fernandes, no programa Câmera Aberta Sindical, ao vivo, na TV Aberta São Paulo. Formado em História e lecionando na rede estadual e privada, o professor é dirigente da Fepesp (Federação dos professores do estado de São Paulo), onde desempenha a função de diretor de Formação Política e Sindical. O problema, ele aponta, está no descumprimento da chamada “hora-atividade”, que reserva parte da jornada do professor a atividades extra-classe. Esse tempo, explica Ailton, deve ser para o professor estudar, pesquisar e se qualificar. Ailton Fernandes afirma ainda que essa é uma luta antiga da categoria e que os sindicatos compõem a Federação têm reivindicado esse item em suas diversas discussões com o sindicato patronal. O programa foi produzido em razão de que a data marcava o Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro. Para Ailton Fernandes, a formação cidadã do aluno é o desafio principal do professor. Fonte: Repórter Sindical

O que Aécio fez em Minas serve para o Brasil?

A ideia de uma gestão pública que seja eficiente e que cuida dos seus cidadãos é o que todos almejamos. Foi isso, entre tantas bandeiras, cartazes e palavras de ordem, que as manifestações de junho de 2013 pediram: que o Estado se materialize na vida das pessoas com políticas públicas e serviços de qualidade.

Ouvindo o discurso do candidato à presidência da República Aécio Neves, parece ser ele o que representaria essa eficiência de gestão e o cuidado com as pessoas. Mas a boa política se faz com o que se pratica, não com peças publicitárias. Então, é necessário discutirmos se o que o Aécio fez em Minas serve para o país.

Quando foi eleito governador, Aécio, imediatamente, pediu à Assembleia Legislativa autorização para fazer leis delegadas (que não precisam ser aprovadas pelos deputados estaduais). Durante o seu mandato foram 110 leis delegadas. O seu antecessor, Itamar Franco, assinou em todo o mandato oito leis delegadas. Mas o que isso tem a ver com o cidadão comum?

As mudanças na estrutura do Estado e seus impactos não foram discutidos com ninguém. E a forma de gestão vai definir quais são suas prioridades. Serve para o Brasil um Presidente que tem como estilo governar sem o Congresso Nacional?

Ao assumir, ele promoveu o choque de gestão, com a ideia de que o Estado deveria gastar menos com a máquina administrativa e mais com as pessoas, e que o Estado equilibraria suas contas. Após 12 anos, o saldo é extremamente negativo. O Estado não cuidou das pessoas, temos problemas estruturais nas áreas de saúde, educação e segurança pública, não temos políticas que cuidam da nossa juventude, que combatam a violência, as drogas e que promovam a educação e o ingresso no mercado de trabalho. Os programas do governo mineiro têm duas características: são programas de vitrine que não atingem a maioria dos municípios, ou são programas do governo federal que, aqui em Minas, mudam de nome.

Somos o segundo estado mais endividado do país e, ao longo dos anos, a política de novos empréstimos comprometeu para 2015 a capacidade de investimento do Estado. O choque de gestão não trouxe mais eficiência ao governo. Ao contrário, cuidou pouco das pessoas e endividou o Estado.

E o que dizer de um governante que, usando a máquina e o dinheiro do Estado, construiu uma hegemonia que beira ao estado de exceção? Aqui em Minas, a maioria dos deputados estaduais, do Tribunal de Contas, dos donos dos meios de comunicação, do Ministério Público Estadual não atua de modo autônomo em relação ao governo do Estado, mas têm uma relação de subserviência. É isso que queremos para o Brasil?

As áreas de saúde, educação e segurança pública não tiveram, nos últimos 12 anos, os investimentos e políticas necessárias para o bom atendimento à população. O governo do PSDB deixou de investir mais de R$ 8 bilhões em saúde e outros R$ 8 bilhões em educação. Isso porque não cumpriu a Constituição Federal, que estabelece o mínimo de investimento de 12% de impostos em saúde e 25% em educação. Em 2003, Aécio investiu 22,84% em educação, em 2004 investiu 21,69%, em 2005 investiu 21,34%, em 2006 investiu 18,66%, em 2007 investiu 18,73%, em 2008 investiu 20,97%, em 2009 investiu 20,28% e em 2010 investiu 19,97%.

Os números de Minas Gerais, disponíveis no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, são diferentes da fala do candidato: 45,6% dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental têm nível recomendável de desempenho em língua portuguesa; 60% dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental têm nível recomendável de desempenho em matemática; 34% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental têm nível recomendável de desempenho em língua portuguesa; 23,2% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental têm nível recomendável de desempenho em matemática; a escolaridade média da população mineira com 25 anos ou mais é de 7 anos.

O projeto Escola de Tempo Integral beneficiou 105 mil alunos num universo de 2.238.620. Em 2010, faltavam 1.011.735 de vagas no Ensino Médio. Temos uma das contas de luz mais caras do país. Pagamos de ICMS 43% do valor que consumimos. E 100% do lucro vão para os acionistas da Cemig e não para a melhoria dos serviços prestados à população. Temos problemas com a manutenção da rede de distribuição de energia, foi constatado pelo Ministério Público do Trabalho, trabalho escravo a serviço da Cemig e a cada 45 dias morre um trabalhador a serviço da empresa.

Em Minas foi construído o primeiro presídio de parceria público-privada. E o Estado repassa, à iniciativa privada, valor mensal por preso mais do que paga a um professor.

E quando vejo o candidato posar para fotos ao lado de centrais sindicais e sindicalistas de direita, afirmando que quer conversar com trabalhador, me pergunto de onde este candidato veio, porque em Minas, não conversou conosco. As greves dos servidores públicos são frequentes e longas, com raros momentos de diálogos. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, que representa mais de 400 mil educadores, nunca foi recebido pelo candidato enquanto era governador. Somos o único estado do Sudeste que não tem salário mínimo regional.

Não tenho dúvidas de que quem quer eficiência de gestão e um governo que cuida das pessoas, não vota em Aécio Neves. O que Aécio fez em Minas não serve para o Brasil.

Beatriz Cerqueira

Professora, Coordenadora-geral do Sind-UTE MG e presidenta da CUT Minas

Fonte: CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

Brasil gera 123.785 empregos em setembro A geração de empregos cresceu 0,30% em setembro de 2014, em comparação com o mês anterior. É o segundo melhor desempenho em admissões da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), informa o Ministério do Trabalho e Emprego. O setor industrial reagiu, gerando 24.837 vagas. No ano, o emprego cresceu 2,23%, acréscimo de 904.913 vagas formais. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 569.363 postos de trabalho – elevação de 1,46%. De acordo com o ministro do trabalho, Manoel Dias, a produção para abastecimento do mercado no final do ano impulsionará a criação de vagas nos próximos meses. Ele diz: “Esperamos gerar 1 milhão de vagas em 2014”. A construção civil criou 8.437 postos (mais 0,26%) – melhor desempenho desde março. Dieese - O Coordenador de Atendimento Técnico e Sindical do Dieese, Airton dos Santos, avalia que os números do Caged podem ser vistos como uma boa notícia do ponto de vista da recuperação de empregos na indústria, principalmente de transformação. “O setor alimentício e de bebidas, principalmente alcoólicas, também contratou bastante neste segundo semestre”. “Esses dados reforçam a tendência de crescimento de emprego formal sempre no segundo semestre, pois o mercado tem uma maior produção e maior expectativa de vendas. Temos que comemorar o saldo líquido de 24.837 empregos formais na indústria criados no período”, afirmou. Salários - De janeiro a setembro de 2014, os salários médios de admissão tiveram ganho real de 1,26%, frente ao mesmo período de 2013, passando de R$ 1.165,64 para R$ 1.180,36. O aumento real do salário médio de admissão obtido pelos homens foi de 1,17%, frente ao aumento de 1,74% para as mulheres, sendo que a relação entre o salário real médio de admissão feminino versus masculino aumentou de 85,82%, em 2013, para 86,30% em 2014, indicando redução na diferença dos salários auferidos pelas mulheres frente aos recebidos pelos homens. No período de 2003 a 2014, os dados mostram tendência de crescimento nos salários médios reais de admissão, em âmbito nacional, ao terem passado de R$ 812,76 em 2003 para R$ 1.180,36 em 2014, o que representa aumento real de 45,23%. Fonte: Repórter Sindical

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