Nesta terça-feira (2) o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central dá início à quarta reunião deste ano e a tendência é ampliar a Selic, taxa básica de juros. O índice está em 13,25% e a expectativa é que suba para 13,75%, elevação de meio ponto percentual.

Para as centrais sindicais, uma decisão que compromete o crescimento do país e mais uma vez aposta na recessão como forma de controlar a inflação.

Entrevista com o presidente da CUT, Vagner Freitas:

O Copom deve aprovar hoje a sexta alta seguida da taxa de juros. A CUT concorda com isso?

Essa decisão é catastrófica. O Brasil praticando as mais altas taxas de juros do mundo e quem conhece a CUT sabe que sempre nos posicionamos contrários a elevação dos juros para controlar a inflação. Para nós, isso paralisa a economia, impede investimentos na produção e, consequentemente, tira empregos e direito dos trabalhadores. Achamos que a linha inteira da política econômica do senhor Levy (Joaquim Levy, ministro da Fazenda) é equivocada e vamos apresentar uma proposta de política econômica para o Brasil. Espero que o Copom não prejudique ainda mais a economia brasileira.

Depois de cinco manifestações nacionais vamos rumo a uma greve geral?

Na avaliação da CUT, a greve geral está vinculada à aprovação do projeto de terceirização sem limites (PL 4330, aprovado na Câmara, que agora aguarda votação no Senado, como PLC 30). Não vamos fazer greve contra ou a favor do governo, o que estamos dizendo para a nossa militância e nossos parceiros e que faremos greve geral se passar esse projeto no Senado. Aí sim faremos para que a presidenta Dilma vete.

Qual sua perspectiva para as campanhas salariais neste segundo semestre com o discurso dos ajustes fiscais?

Com certeza o empresariado vai utilizar do discurso do Levy e do governo de que há uma crise econômica, para dizer que não podem atender a pauta de reivindicações dos trabalhadores. Mas vamos fazer um enfrentamento aos empresários, faremos greves para que continuemos tendo aumento real de salário. Já foi menor no primeiro semestre em comparação ao ano passado e no segundo semestre vamos ter que mudar isso.

A expectativa é que a fórmula 85/95 para as aposentadorias seja aprovada no Congresso. Você acha que a Dilma veta?

A proposta do 85/95 é uma proposta da CUT, que fique claro, e muito mais vantajosa para os trabalhadores do que o fator previdenciário. Não é a solução de nossos problemas seria voltar à realidade, sem nenhum cabresto para a aposentadoria, e queremos que isso aconteça. Mas o fator é uma regra de transição. Estamos tentando explicar para a população, porque muita gente está achando que a mulher vai aposentar com 85 anos e o homem com 95 e isso não é verdade. O que ocorre é a soma da idade com o tempo de contribuição. Precisamos trazer os trabalhadores para o nosso lado, fazer com que tenham a compreensão de que, em média, poderão se aposentar mais cedo e ganhando mais, até para que tenham engajamento na luta. O que queremos é forçar para que a presidente Dilma sancione, porque se ela vetar uma medida favorável aos trabalhadores é porque o governo perdeu o rumo.

A reforma política e as MPs 664 e 665 ficarão na mão dos conservadores?

Vamos ter que brigar muito para que tenhamos uma reforma para melhor o sistema político brasileiro. O que o Cunha (Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados) está fazendo piora e obviamente isso não ficará nas mãos dos conservadores, isso é objeto de disputa na sociedade e a CUT fará enfrentamento contra a proposta ortodoxa e pela direita que ele está fazendo. E vamos disputar como estamos fazendo para acabar com o financiamento empresarial da campanha, que o primeiro passo para acabar com a corrupção no Brasil. E fortalecer os partidos, o Cunha não gosta de partido forte, gosta de clientelismo, o que gosta de fazer é acabar com a organização partidária e coletiva. Não pode ficar na mão dos conservadores, é objeto de disputa e a CUT tem de capitanear isso. As MPs a mesma coisa, também foram uma porcaria, muito mal feitas, a única coisa boa é que traziam o uma alternativa ao fator previdenciário. Continuamos sendo contra as medidas, queremos que Dilma vete, mas aprove a fórmula 85/95.

A presidenta Dilma Rousseff sancionou com vetos o projeto de lei que regulamenta o trabalho das empregadas domésticas. A lei está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (2).

O primeiro veto refere-se à possibilidade de estender o regime de horas previsto na lei, de 12 horas trabalhadas por 36 de descanso, para os trabalhadores de outras categorias, como os vigilantes. A presidenta vetou esse parágrafo por entender que se trata de matéria estranha ao objeto do projeto de lei e com características distintas.

O segundo veto trata de uma das razões para demissão por justa causa, a de violação de fato ou circunstância íntima do empregador ou da família. A presidenta entendeu que esse inciso é amplo e impreciso e daria margem à fraudes, além de trazer insegurança para o trabalhador doméstico.

A lei estabelece uma série de garantias aos empregados domésticos. Além do recolhimento previdenciário, a nova legislação para a categoria prevê o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A regulamentação, no entanto, ainda será feita pelo Conselho Curador do FGTS e pelo agente operador do fundo.

O empregador doméstico somente passará a ter obrigação de promover a inscrição e de efetuar os recolhimentos referentes ao FGTS de seu empregado após a regulamentação da lei.

No caso de demissão, o aviso prévio será concedido na proporção de 30 dias ao empregado que conte com até um ano de serviço para o mesmo empregador. Ao aviso prévio devido ao empregado serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado para o mesmo empregador, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias.

A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período ao seu tempo de serviço.

No caso do empregado descumprir o aviso prévio, o empregador terá o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.

Homens encapuzados invadiram e destruíram o local, que recebia uma reunião de professores

Um grupo de cerca de 15 homens encapuzados e armados invadiram, na noite de ontem (1º), a subsede da Apeoesp – sindicato dos professores da rede pública estadual – em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo, enquanto era realizada uma reunião de professores municipais. Os docentes e representantes do sindicato foram obrigados a sair, e o local foi depredado.

O prédio, que fica na região central da cidade, foi inteiramente destruído. Até o momento, não há informação sobre agressão às pessoas ali reunidas. Os invasores teriam levado apenas as fitas das câmeras de segurança do local.

Um boletim de ocorrência foi registrado, e o caso aguarda apuração.

O Sindicado dos professores do ABC realizou novas parcerias para ampliar a rede de benefícios para seus filiados.

São eles: Camiseta feita de PET, Parque Aqúatico Wet´n Wild, Cinemark, Hopi Hari e Thermas Olímpia Resort.

Camiseta feita de PET: Em 2014, a empresa recolheu 10 toneladas de garrafas pet com ações ambientais. Eles trabalham com confecção de uniformes escolares, camisetas promocionais, camisetas corporativas e camisetas para eventos. Os professores sócios do SINPRO ABC terão desconto de 25% na compra dos produtos. Confira mais detalhes no site: www.camisetafeitadepet.com.br

Wet´n Wild: Encomendas com antecedência mínima de três dias pelo telefone: 4994-0700. Os ingressos são vendidos com descontos especiais para os sócios e devem ser retirados na sede do SINPRO ABC – Rua Pirituba 61 – Bairro Casa Branca – Santo André. Mais detalhes: www.wetnwild.com.br

Cinemark: Os ingressos são válidos para qualquer dia da semana, todos os filmes e horários, exceto sala Prime, 3 D ,XD e D-BOX.

Promoção para os Shopping’s: ATRIUM,GRAND PLAZA,EXTRA ANCHIETA,GOLDEN SQUARE,PARK SHOPPING E CENTRAL PLAZA. R$ 17,00 - Encomendas com antecedência mínima de 3 dias, retirar na sede do SINPRO ABC - VALIDADE DOS INGRESSOS 31/07/2015.

Parque Hopi Hari: Encomendas com antecedência mínima de três dias pelo telefone: 4994-0700. 4994-0700. Os ingressos são vendidos com descontos especiais para os sócios e devem ser retirados na sede do SINPRO ABC – Rua Pirituba 61 – Bairro Casa Branca – Santo André. Mais detalhes: www.hopihari.com.br

Thermas Olímpia Resort: Descontos para sócios do SINPRO ABC variam de 5% a 10%. Mais informações: www.thermasolimpiaresort.com.br

Demais convênios como: Clínicas de Estética e Cirurgia Plástica, Salões de Beleza, Clínicas Médicas, Produtos Ortopédicos, Psicólogos entre outros consulte o nosso site: www.sinpro-abc.org.br

As suspensões ocorreram após manifestações e ocupação da reitoria da Universidade em protesto contra o reajuste das mensalidades. Os outros cinco estudantes também vão acionar a Justiça

Três alunos e uma aluna, dos nove que foram suspensos pela Universidade de Sorocaba (Uniso) por ocuparem a reitoria da instituição em protesto contra o reajuste das mensalidades, conseguiram na Justiça Federal o direito de retornar às aulas. A decisão foi tomada na última sexta-feira (29/05). Os outros cinco estudantes também devem ingressar com ação para cancelar a suspensão.

O Sinpro-Sorocaba manifestou apoio público às alunas e alunos em nota divulgada na semana passada (clique aqui para ler) e também ao corpo docente da Universidade, que estava sendo orientado a impedir que os estudantes frequentassem as aulas.

Outras entidades também subscreveram a nota do Sinpro-Sorocaba: a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) e os Sinpros São Paulo, ABC e Osasco.

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